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Displasia coxofemural

A displasia coxofemural é a doença ortopédica hereditária mais comum nos cães. Ela pode surgir em qualquer raça, mas é mais comum nas raças grandes ou gigantes, como Rottweillers, Pastores, Labradores e Filas, e principalmente em animais que tem um crescimento muito rápido.
Esta doença caracteriza-se pela má formação da articulação coxofemural, ou seja, a inserção do membro traseiro na cintura pélvica. Os primeiros sintomas aparecem principalmente por volta dos 4 aos 7 meses de vida, quando o animal afectado começa a mancar e sentir dor quando anda, principalmente nos pisos mais escorregadios. Devido a dificuldade para andar, o cão pode não mexer o membro e o músculo pode atrofiar.
A displasia coxofemural é geneticamente recessiva, por isso tanto o macho quanto a fêmea precisam ter a doença, ou pelo menos o gene para que os cachorros também tenham. Mesmo assim, essa deficiência tornou-se mais comum, a partir do momento em que os proprietários cruzaram animais afectados sem se preocupar com a transmissão.
Um cachorro que tem displasia coxofemural pode viver uma vida normal, mas não deve ser utilizado para reprodução. Mesmo se um cachorro é normal, mas seus pais são doentes, não se deve utilizá-lo para reprodução, pois seus filhos podem ter problemas.
Para saber se um cão tem ou não displasia, basta realizar um exame muito simples. O diagnóstico é feito através de uma radiografia, com o animal deitado em decúbito dorsal (com a barriga para cima) e com as patas traseiras esticadas para trás. Como a displasia pode provocar dores fortes e os animais mais afetados são grandes, pode ser preciso anestesiar o cão. Geralmente é feita uma anestesia curta, que dura de 10 a 20 minutos, tempo necessário para radiografar o animal. O veterinário deve ter muito cuidado no posicionamento durante a radiografia, porque radiografias com mal posicionamento são consideradas inadequadas para se obter um laudo que ateste se o seu animal tem ou não displasia.
Existem diversas categorias de displasia coxofemural, de acordo com a gravidade. Abaixo temos um quadro com estas categorias:

Categorias de Displasia Coxofemural

  • HD - (Categoria A): animal sem displasia
  • HD +/- (Categoria B): articulação quase normal
  • HD + (Categoria C): displasia leve
  • HD ++ (Categoria D): displasia moderada
  • HD +++ (Categoria E): displasia severa


Quando a fêmea tem displasia, ou as chances do cachorro ter são grandes, podemos tomar alguns cuidados, para que o quadro não se agrave:

  • Não deixar o cachorro em pisos escorregadios;
  • Colocar a fêmea e os cachorros num piso mais áspero, ou em placas de madeira, para que eles não escorreguem.
  • Exercitar o cachorro a partir dos 3 meses de idade, mas sem exageros.
  • Evitar que o animal fique muito gordo.


O importante é ter consciência e cuidar dos animais desde pequenos para prevenir problemas como esse. Um animal saudável, que visita o veterinário regularmente, está mais sujeito a ter uma vida longa e sem problemas. Na hora de comprar uma cria, principalmente das raças mais sujeitas, peça ao proprietário que apresente o certificado de displasia dos pais, para garantir que seu cachorro não tenha este problema. E caso você já tenha um cão em casa, procure seu veterinário para realizar este exame tão simples e evitar que a doença se espalhe.

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