O cão possui comportamentos instintivos que se apresentam de modo mais ou menos acentuado segundo a raça. O poínter, por exemplo, "assinala" sem que seja necessário ensinar-lhe este comportamento; outros, como os cães de pastor, são capazes de reunir um rebanho e tendem a fazê-lo também com as pessoas (sobretudo com as crianças).
A defesa do dono. Para o cão, o dono é o chefe da matilha e, por isso, o que para o amo é bom é também bom para ele. Se o dono de um cão mantém uma conversação amistosa com alguém, o cão permanecerá tranquilo, mas se, pelo contrário, houver sinais de comportamento agressivo, o animal pôr-se-á sempre ao lado do seu dono.
O mesmo acontece com o território em que vive, que o cão defenderá sempre dos estranhos. Por isso, é conveniente apresentar o cão a todas as pessoas que entram em casa pela primeira vez e especialmente às pessoas que poderiam entrar também na ausência dos donos, como porteiros, carteiros, pessoal da limpeza e muitas outras.
A agressividade. Uma certa dose de agressividade é normal nos cães; distingue-se entre agressividade provocada por medo e agressividade por domínio, produto do desejo de se impor. Para vencer a agressividade por medo é conveniente aproximar-se com o cachorro face às coisas que o assustam mostrando-lhe a inocuidade da presumível fonte de perigo. Quando se fizer isto, deve falar-se com calma ao mesmo tempo e felicitá-lo, se não mostrar sinais de agressividade. A agressividade por domínio pode evitar-se habituando o cachorro desde pequeno a ser dominado pelo dono e pelos outros membros da família. Para fazer isto, deve agarrar-se o cão pela pele da nuca ou habituá-lo a aceitar pôr-se de barriga para cima perante as pessoas com quem convive: como estes são sinais de submissão entre os cães adultos, aprenderá a hierarquia existente numa matilha muito particular como é a família e aceitará o seu papel de submetido.