A Coreia do Sul sempre sofreu duras críticas do restante do mundo por conta do seu forte hábito de consumo de carne de cachorro. Prestes a sediar os Jogos Olímpicos de Inverno, em 2018, as autoridades do país resolveram fechar o seu maior mercado de carne de cão.
De acordo com a mídia local, o mercado de Moran, que fica localizado em Seongnam, chega a vender mais de 80 mil cães todos os anos, cerca de um terço de toda a carne de cachorro comercializada em todo o país. Este número inclui tanto animais ainda vivos quanto já abatidos.
Pensando em acabar com as críticas que recebe por conta da prática de matar cães para o consumo humano antes das Olimpíadas de Inverno de 2018, oficiais e vendedores iniciaram a desmontagem da estrutura do mercado de Moran e na última segunda-feira, dia 27 de fevereiro, as gaiolas onde os animais ficavam antes do abate e a parte do açougue já começaram a ser retiradas do local.
O fechamento do mercado foi decidido e aprovado localmente depois que defensores dos direitos dos animais destacaram as precárias e terríveis condições em que os cães viviam e toda a crueldade utilizada na hora de abater os cães.
Os vendedores de carne de cachorro não tinham a preocupação de uma morte sem dor para os cães. Esses animais eram espancados, eletrocutados ou enforcados. O barulho e o cheiro do local também eram alvos de recorrentes reclamações da vizinhança do local.
Alguns dos 22 vendedores de carne de cachorro que já tinham aceitado o fechamento do mercado resolveram se rebelar e agora se opõem à medida e estão exigindo indenizações. Porém, as autoridade de Seongnam já afirmaram que estes comerciantes irão receber ajuda financeira para reformar suas lojas e abrir novos negócios.
A intenção das autoridades locais é dar fim ao comércio de carne de cachorro. Já a Coreia do Sul pretende evitar as críticas, como as que aconteceram em 2002 quando o país foi sede da Copa do Mundo, e possíveis ações de ativistas animais que possam vir a atrapalhar as Olimpíadas de Inverno, em 2018.
Fonte: 24 Horas News