A Uber, uma empresa que funciona através de aplicativo e que oferece um serviço semelhante ao táxi tradicional, é uma ótima opção para quem precisa de um transporte do tipo táxi, mas precisa economizar.
A chegada do serviço no Brasil foi bastante comemorada e o aplicativo rapidamente ganhou muitos usuários por aqui. Porém, existe um grupo que não está nada satisfeito com a empresa por conta do preconceito que está sofrendo.
Deficientes visuais afirmam estarem recebendo recusas de motoristas do Uber para transportar seus cães-guia.
Segundo os deficientes visuais usuários do aplicativo, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro essas recusas já estão se tornando frequentes. Ao chegarem ao local e verem que o passageiro tem um cão-guia o motorista diz que não leva animais no veículo e quando o passageiro liga informando sobre o cão, que é de serviço, o motorista simplesmente cancela a corrida.
“Tive três problemas só no último mês. Em duas ocasiões, o motorista chegou para me buscar e quando viu o cão-guia não quis me levar. Da outra vez, liguei para avisar que era deficiente visual e tinha um cachorro comigo e, na sequência, o motorista cancelou a corrida”, conta Marcela Vilela, deficiente visual que na companhia de Cruizer, seu cão-guia da raça Golden Retriever americano.
Os motoristas que se recusam a levar cães-guia estão infringindo a Lei 13.146/15, que assegura a todas as pessoas com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao público, incluindo privados de uso coletivo, e por conta disso podem pegar até três anos de prisão, além de terem de pagar multa.
Em situações como esta, o usuário do aplicativo que sofrer o preconceito de motoristas que se recusem a levar o seu cão-guia pode fazer uma reclamação no próprio aplicativo ou até procurar, em sua cidade, onde fazer uma denúncia formal do caso.
Fonte: Estadão