Assim como acontece com os humanos, cães com deficiência também sofrem muito por conta do preconceito. Porém, para o cachorrinho Pepe, felizmente as coisas aconteceram de forma diferente.
O cachorro havia sido abandonado na porta de um abrigo, na Bahia, bastante machucado. Alguém pegou o cão ainda filhote e amarrou um fio em uma de suas patas. O fio estava preso tão apertado que acabou necrosando a pata do animal, que precisou ser toda amputada.
Por conta dos maus-tratos que havia recebido, o cachorro era bastante arredio quando chegou ao abrigo. Mas depois de receber todo o tratamento e amor que precisava, ele foi baixando a guarda e se abrindo para as pessoas.
A amputação da pata também só trouxe coisas boas para o cão, que deixou de sentir dor e continuou extremamente independente. E mais do que isso, não ter uma das patas foi o que fez o cachorro ser adotado.
Quando resolveu ter um novo cachorro, o estudante de medicina Felipe Carneiro Conceição decidiu que iria adotar, então ele fez uma pesquisa nas redes sociais da Associação Brasileira Protetora dos Animais (ABPA-BA). Foi assim que ele descobriu o cãozinho deficiente Caramelo.
Ao conhecer o animal pessoalmente, Felipe ganhou muitas rosnadas, mas ele entendia e sabia que o cão tinha motivos para não confiar em humanos, porém ele não desistiu de ganhar a amizade do cachorro.
Em uma nova visita, o cão já permitiu que Felipe lhe fizesse carinho e o estudante rapidamente adotou o cão, que com a nova família ganhou o nome de Pepe. Felipe conta que escolheu um cão com deficiência por saber da dificuldade que é para esses animais serem escolhidos e ganharem um lar.
Junto com Pepe, Felipe e sua namorada adotaram também outra cadelinha, uma que já se dava muito bem com Caramelo.
Hoje, Caramelo é Pepe e se tornou um cãozinho muito dócil com todos e feliz. Segundo Felipe, o animal é bastante brincalhão e muito independente. “Caramelo é o cachorro que conheci agressivo. Pepe é carinhoso, meio bobão. No início, fiquei preocupado sobre como seria a adaptação dele com uma pata a menos, mas ele é muito independente. Eu não ajudo ele em nada. Ele sobe no sofá sozinho, come sozinho e ama passear. Ele gosta muito de correr também, corre mais do que eu”, conta o tutor feliz com o seu cão.
Fonte: G1