Mesmo sendo um problema que causa aflição para o tutor, a convulsão é um distúrbio que pode acontecer com qualquer cachorro, mas algumas raças são mais propensas.
Entenda sobre a convulsão canina, suas causas e quais são essas raça com mais tendência a convulsões.
Convulsões caninas: o que você deve saber
Quem já presenciou uma crise convulsiva, sabe como esse distúrbio pode ser bem assustador. Infelizmente os cãozinhos não estão imunes a esse problema, sendo que algumas raças são até propensas a sofrerem com crises convulsivas.
A convulsão é um sintoma, ela vai sempre está acompanhada de um motivo. Então quando o cachorro tem uma crise convulsiva é um sinal de que o animal está com algum problema de saúde.
Convulsão é um distúrbio onde ocorre uma contratura muscular involuntária, que pode atingir uma parte ou todo o corpo.
A convulsão é provocada por um excesso de atividade elétrica em áreas do cérebro, em alguns casos esse distúrbio pode acontecer de forma isolada sem outros episódios, mas quando recorrente pode ser que o distúrbio esteja acompanhado de uma doença.
Tipos de convulsões
As crises convulsivas podem ser classificadas em dois tipos, a focal e a generalizada. Em uma convulsão focal, o cachorro não perde a consciência e tem alterações motoras, sendo mais comum na região facial.
A convulsão generalizada costuma ser bem mais intensa e comum, nessa crise o cachorro deita de lado com o corpo rígido, apresentando tremores e espasmos por todo o corpo, além de causar inconsciência.
O cachorro pode defecar e urinar involuntariamente, também pode apresentar salivação excessiva, dentes cerrados e até vocalização.
A intensidade e a duração de uma convulsão vai depender do nível da crise. Alguns casos podem durar segundos, em crises mais acentuadas podem durar mais de 4 minutos.
Causas de convulsão no cachorro
A convulsão é um sintoma e sua presença significa que alguma coisa aconteceu com o corpo do animal para que o distúrbio se manifestasse.
As causas para esse distúrbio podem ser bem diversos, entre as causas estão:
- Envenenamento – O consumo de alguma coisa toxica para o animal pode provocar uma crise convulsiva.
- Traumatismo craniano – A convulsão pode acontecer depois de um acidente em que a região craniana é atingida. O distúrbio pode ocorrer logo após o acidente ou até anos depois.
- Tumor – Tumores que atingem o sistema nervoso podem causar convulsões no pet.
- Doenças infeciosas – O distúrbio pode ser causado por infecções do sistema nervoso central, que pode aparecer durante a doença. A raiva e a cinomose são algumas dessas doenças que podem afetar o sistema nervoso.
- Doenças hepáticas ou renais – Problemas como hipoglicemia e insuficiência renal podem ser gatilhos para esse distúrbio.
Convulsões em Cães: Epilepsia Canina
Entre as principais causas de crises convulsivas está a epilepsia. É importante saber diferencia a convulsão da epilepsia, já que a convulsão é um sintoma que pode ser causada por diferentes razões.
A epilepsia é uma condição é que o animal sofre com crises convulsivas de forma recorrente, essa doença neurológica é crônica e pode ser herdada geneticamente ou adquirida, causada por algum trauma neurológico ou doenças infeciosas e degenerativas.
A epilepsia genética é mais frequente em raças puras, a doença pode manifestar entre os primeiros 6 meses de vida até os 3 anos de idade.
As crises podem ter intervalos diferentes, alguns casos esse intervalo pode ser de semanas, tudo depende da intensidade da doença.
Convulsões em Cães: Raças com mais tendências a convulsões
Um quadro de convulsão pode acontecer com qualquer cachorro, independentemente de sua raça ou idade, mas algumas raças são mais predispostas a terem epilepsia por fatores genéticos. Como é o caso de cães da raça:
- Labrador;
- Pastor de Shetland;
- Pastor Alemão;
- Collie;
- São Bernardo;
- Boxer;
- Beagle;
- Border Collie;
- Husky Siberiano;
- Springer Spaniel Inglês.
Outra causa que pode provocar epilepsia é a malformação cerebral, sendo que algumas raças são mais frequentes apresentar essa condição, com é o caso do Poodle Anão, Chiuahua e o Yorkshire.
Convulsões em Cães: O que fazer durante uma crise de convulsões
Ninguém que passar por um momento como esse, já que tudo que o tutor quer é ver seu pet feliz e saudável, mas como esse distúrbio pode afetar qualquer raça é importante saber como agir diante dessa situação.
Pode parecer difícil, mas durante uma crise convulsiva a primeira coisa a se fazer é manter a calma e tentar manter o cachorro seguro durante a crise.
Mesmo sendo uma cena que causa aflição, lembre-se de que seu pet vai precisar de sua ação para socorrê-lo.
Convulsões em Cães: Cuidados
Procure deixar que a crise passe sem interversão, não tente acordar o animal ou isso pode acabar sendo mais estressante para o cachorro.
Neste momento a única ação é remover qualquer móvel ou objeto que possa machucar o animal durante a crise e procurar ajuda profissional.
Uma crise de convulsão costuma durar segundos, mas alguns casos podem durar mais de 3 minutos. Esteja preparado para depois desse tempo ajudar o cachorro, que sofre com grande desgaste físico depois de uma crise.
Ao passar pelo momento mais crítico, procure estabilizar o cão e o leve para uma consulta com um veterinário.
Algumas informações podem ser válidas para ajudar o profissional compreender o quadro do cachorro, então informe a duração da convulsão, se é a primeira vez ou se já aconteceu outro vez, se o animal sofreu algum trauma na região craniana.
Convulsões em Cães: O veterinário deve fazer diagnóstico e indicar qual deve ser o tratamento a ser seguido. O tratamento deve ser seguido de forma correta, sem ser abandona sem orientação do profissional.
Em casos que a crise passe de 3 minutos, o tutor deve procurar ajuda com um veterinário para orientar sobre o que fazer com o cão.
Alguns cães sofrem uma convulsão tão forte que acabam falecendo, por isso se notar que o animal não está voltando no tempo esperado busque ajuda.