Entre todos os problemas de saúde que podem afetar os animais de estimação, a piodermite canina está entre os mais comuns.
Por mais que possa ocorrer por diversos motivos, a doença se manifesta ainda mais comumente em animais que tenham predisposição genética para esse tipo de problema de pele.
A piodermite canina é ocasionada por bactérias e, leva a diversos problemas de pele, que podem ser facilmente percebidos pelos animais, uma vez que causa coceira intensa, levando ao surgimento de feridas, que podem ou não conter pus.
Como isso envolve a saúde do seu peludo, nada mais natural do que surgirem dúvidas comuns, como sobre causas, diagnóstico e tratamento. Para saber mais sobre isso, acompanhe este post.
O que é piodermite canina?
A piodermite canina é um tipo de infecção que acomete a pele dos cães e, é bem interessante entender que ela acontece por conta de uma bactéria que faz parte do organismo do animal normalmente.
O Staphylococcus pseudintermedius não é nocivo em condições normais, mas se a imunidade do animal cai, então a pele perde a devida proteção, o que leva a um crescimento anormal dessas bactérias, podendo assim causar os sinais da piodermite.
Dessa forma, pode-se compreender bem que a piodermite canina não é um problema espontâneo, mas uma consequência de alguma causa primária, sendo alguma doença que cause danos ao organismo do pet.
Quando isso acontece, ainda existem duas possibilidades de manifestações: a piodermite superficial ou a do tipo profunda.
Como você deve estar imaginando, o que torna um tipo diferente do outro é realmente a profundidade e gravidade das lesões.
Para se definir qual é o tipo, deve-se avaliar o tipo de lesão encontrada, o que deve ser feito, preferencialmente, por um médico veterinário, mas você pode conhecer um pouco sobre cada um dos tipos:
Piodermite superficial
Como o próprio nome indica, nesse caso, a doença se manifesta nas camadas superiores da pele, ou seja, na camada córnea.
Essa camada mais externa é justamente onde se localizam as células mortas e, por isso, essa manifestação não é tão grave.
Nesse caso, os quadros são mais leves, relacionados ao impetigo ou foliculite, ou seja, um caso de pelos encravados.
Piodermite profunda
Nesse caso, as lesões causadas pela piodermite atingem camadas mais inferiores da pele, podendo assim chegar até a região da hipoderme, que é a mais inferior.
Como as lesões adentram na pele, é de se esperar que as lesões sejam bem maiores e mais graves, uma vez que a resposta imunológica também é mais intensa.
Assim, podem surgir lesões como furúnculos e, até mesmo abscessos, que demandam tratamentos mais específicos e intensos.
Nesse caso, pode haver a contaminação das lesões também por outros microrganismos presentes na própria pele ou no meio ambiente.
Entenda as causas da piodermite canina
Como já foi dito, a piodermite canina se manifesta quando o sistema imunológico do animal é suprimido por algum motivo.
Quando isso acontece, pode ocorrer o surgimento de problemas de pele, uma vez que a barreira imunológica da pele se encontrará fragilizada nessa situação.
Sendo assim, basta que haja qualquer desequilíbrio na barreira da pele para que a infecção bacteriana consiga se instalar por lá.
Isso vale para uma série de problemas, como alergias, presença de parasitas e fungos que possam acometer a pele.
Qualquer cão que tenha alergia na pele pode sofrer com a piodermite. Mas a coceira nesse local acaba piorando em muito a situação do animal, uma vez que deixa a superfície da pele bem mais suscetível a problemas.
Outros problemas menos comuns, como a sarna demodécica, ou demodicose, e problemas hormonais podem causar a piodermite canina.
Quais são os sinais mais comuns da doença?
Assim como acontece com a maioria das doenças de pele, a piodermite canina tem como principal sinal a coceira intensa.
Sendo assim, se o seu animalzinho de estimação estiver com incômodos na pele ultimamente, então é bom você ficar de olho nele.
Essa coceira pode estar associada ainda à presença de pústula ou pápula, que também ocorrem com muita frequência nos animaizinhos.
Além disso, comportamentos compulsivos podem estar presentes, o que inclui manias como a lambedura excessiva das patas ou qualquer região afetada pelo problema.
Essas manifestações ocorrem porque a piodermite canina é um problema de saúde que tende a incomodar bastante aos animais e, eles tentam de várias maneiras se livrar dele.
Sendo assim, os principais sinais da doença são:
- Coceira intensa;
- Caroços espalhados pelo corpo (pápulas);
- Bolhas que podem conter conteúdo purulento;
- Presença de crostas que decorrem da coceira local;
- Descamação;
- Formação de abscessos;
- Queda de pelo;
- Comportamento compulsivo de se morder ou lamber a área afetada.
Consulte um médico veterinário
Ao observar que o seu animalzinho de estimação está com sinais compatíveis com a piodermite canina, é importante levá-lo a uma consulta com especialista.
Preferencialmente, busque por um profissional que seja especialista em dermatologia, pois este é mais bem preparado para te orientar sobre um problema desse tipo.
Além de observar o tipo de lesão, é importante que o profissional solicite exames específicos, como o de citologia.
Este consiste em retirar uma pequena amostra da lesão para uma análise detalhada dos tipos de células presentes ali. Por meio deste é possível visualizar as bactérias.
Além deste exame, é importante que o médico veterinário faça uma avaliação bem completa, de modo a identificar também a causa primária.
Isso porque é importante ter uma ideia do que está acometendo a saúde do animal, para que seja possível buscar por um tratamento realmente efetivo.
Tratamento da piodermite canina
A piodermite canina é uma doença de pele caracterizada por ser uma infecção bacteriana. Sendo assim, o tratamento mais comumente utilizado é a administração de antibióticos.
Isso porque é preciso eliminar as bactérias, utilizando para isso tanto produtos de uso tópico, quanto antibióticos de administração por via oral.
Esse tipo de tratamento deve ser mais do que suficiente para as lesões de pele, mas é fundamental que se respeite exatamente a forma e a duração do tratamento. Isso pode variar de acordo com o tipo, profundidade e gravidade das lesões.
Caso o tratamento não seja realizado corretamente, pode-se piorar ainda mais as lesões, uma vez que os microrganismos podem se tornar resistentes e, o remédio perde o efeito nesse caso.
Além disso, é preciso tratar a causa primária que levou ao desenvolvimento da piodermite. Ou seja, é importantíssimo eliminar aquilo que faz a imunidade do animal cair ou, a doença vai se manifestar novamente diversas vezes.
Piodermite canina: remédio ou shampoo para tratamento?
Somente um médico veterinário especializado pode auxiliar no tratamento da piodermite canina, prescrevendo o tratamento mais adequado.
Mas na maioria das vezes, os profissionais prescrevem um shampoo especial que ajude a eliminar as bactérias presentes na superfície da pele.
Além disso, existem também produtos com outras aplicações, como é o caso de géis, cremes e sprays.
Antibióticos com administração por via oral também são indicados, mas os profissionais devem limitar o uso desses aos casos mais graves da doença.
O mais importante é que jamais se deve utilizar qualquer tipo de medicamento caseiro para piodermite canina e, todo o processo de tratamento deve ser acompanhado por um profissional.
Como evitar a piodermite em cães?
Até este ponto você viu que a piodermite canina é uma doença que se manifesta por conta da queda no sistema imunológico do animalzinho.
Isso significa que não existe uma forma específica para se evitar o problema, a não ser tentar evitar as quedas de imunidade no seu cão.
Sendo assim, existem algumas questões extremamente relevantes, como é o caso da alimentação e do bem estar geral do animal.
O que o animal come tem relação direta com o seu estado de saúde. Para o bom funcionamento do sistema imunológico do pet, deve-se prezar por alimentos de qualidade, que sejam completos e balanceados. Além disso, a ração deve ser adequada ao porte e idade do animal.
Além disso, mantenha a imunização e vermifugação em dia, além de levar o seu cãozinho frequentemente ao veterinário e realizar os principais exames de rotina.
Obviamente, tratar adequadamente a causa primária que tenha levado a uma crise se piodermite canina também é essencial para evitar quedas de imunidade e, consequentemente, as recidivas.
Cuidados com a resistência bacteriana
Quando se fala em tratamento da piodermite canina, deve-se ter muito cuidado, uma vez que as bactérias parecem estar cada vez mais resistentes aos antimicrobianos utilizados nesse tipo de tratamento.
Isso acontece por conta do uso indiscriminado desses fármacos ou, também por tratamentos realizados de maneira incorreta.
Sendo assim, ao tratar a piodermite canina, é essencial realizar o tratamento conforme indicado pelo médico veterinário até o final, respeitando os horários e as quantidades.
Suporte Dermatológico pode prevenir a piodermite canina
Uma das maneiras alternativas de prevenir a piodermite canina é seguir uma rotina de skin care. Por mais que essa não seja uma maneira direta de prevenção, pode ajudar porque traz os seguintes benefícios:
- Remove crostas, sujidade e partículas que causam alergia;
- Hidrata, repondo lipídios e reduzindo a sensibilidade e coceira;
- Reduz os prejuízos causados por alguns tipos de fármacos;
Conclusão
A piodermite canina é um problema de saúde bem comum nos animais domésticos. Sendo assim, se perceber alguns sinais no seu pet, leve-o a um profissional médico veterinário.
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