No primeiro dia do ano, a ex-governadora do estado do Alasca, nos Estados Unidos, Sarah Palin, compartilhou uma foto em sua conta oficial no facebook de seu filho, Trig, pisando em cima do cachorro da família e usando-o como uma espécie de banquinho para alcançar a pia e ajudar a lavar a louça.
É óbvio que a criança não deveria estar pisando no cachorro, em nenhuma circunstância. Primeiro porque esse ato pode machucar seriamente o cachorro e no mínimo causar desconforto, segundo que o cachorro pode reagir e por sua vez machucar a criança, por se sentir em uma posição vulnerável ou devido a alguma dor.
A internet, como era de se esperar, reagiu fortemente as imagens, incluindo uma declaração para o site POLITICO da presidente da PETA, Ingrid Newkirk.
É estranho que alguém – principalmente uma mãe – acredite que seja apropriado postar esse tipo de coisa, sem nenhuma simpatia aparente pele cachorro na foto.
Em resposta a PETA, Sarah publicou uma carta aberta a instituição, questionando principalmente a diferença em tratamento que a sua foto recebeu em comparação com a da apresentadora Ellen Degeneres, que em 2009 foi eleita mulher do ano pela PETA, e em julho de 2014, publicou na rede social de seu programa uma imagem semelhante, porém sem repercussão negativa.
O fato do presidente estadunidense Barack Obama admitir já ter provado carne de cachorro também foi mencionado.
O que o talvez as pessoas não saibam é que essas situações são mais comuns do que parecem. Como as crianças ainda estão descobrindo o mundo, ainda sem jeito e de maneira desengonçada, a interação correta com o cachorro deve ser ensinada. O problema é que muitos pais também não compreendem e até mesmo incentivam determinados comportamentos, achando “engraçado”. Pisar, puxar o pelo, morder, invadir o espaço do cão e deixá-lo desconfortável, não só é ruim para o cachorro, mas pode eventualmente ter consequências seríssimas para a criança.
Com o auxílio de nosso comportamentalista especialista em cachorros, Olivier Soulier, reunimos as 10 situações alarmantes nas interações entre criança e cachorro (confira aqui).
A melhor arma para que isso não aconteça, não é o xingamento aleatório, mas o conhecimento e a conscientização.