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Califórnia proíbe a venda de animais provenientes de “fábricas de filhotes”

O governador da Califórnia, nos Estados Unidos, deu um enorme passo para o fim da comercialização de animais de estimação. A partir do ano que vem, será proibida a venda de cães, gatos e coelhos provenientes de criadores ilegais e de fábrica de filhotes no estado norte-americano.

De acordo com uma nova lei, que foi assinada pelo governador Jerry Brown no dia 13 de outubro e entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2019, as lojas de animais e pet shops de toda a Califórnia só poderão oferecer animais vindos de abrigos ou provenientes de resgates.

Os locais conhecidos como “fábricas de filhotes”, na maioria das vezes, não possuem a estrutura certa para manter os animais. (Foto: Reprodução / Gaikphotos)

As lojas que forem flagradas vendendo animais vindos de criadores ilegais ou de fábricas de filhotes poderão receber multas de até 500 dólares.

Essa proibição tem como objetivo acabar com as chamadas “fábricas de filhotes”, locais onde animais são confinados apenas com a finalidade de reproduzir para que os donos tenham lucro financeiro com a venda dos filhotes. E tudo isso em larga escala, ou seja, em grandes quantidades.

A preocupação com este tipo de comércio é muito grande, pois esses locais não oferecem a estrutura e nem os cuidados que os animais precisam, tanto matrizes (como são conhecidas as cadelas reprodutoras, as mamães) quanto filhotes.

Nesses locais, as cadelas matrizes, as mães, não recebem nenhum tipo de cuidado e são bastante negligenciadas. (Foto: Reprodução / One Green Planet)

Essa falta de cuidados e condições pode causar doenças e até traumas nos animais. Além disso, na maioria das vezes as pessoas que compram animais provenientes destes lugares nem imaginam como os bichinhos viviam antes de serem levados para o novo lar.

36 cidades da Califórnia, incluindo Los Angeles, San Francisco e San Diego, já proíbem a criação em massa, em grande quantidade. Agora, a proibição da venda é em todo o estado. Porém, criadores particulares ainda poderão vender animais de forma independente.

Nas “fábricas de filhotes” os animais vivem amontoados e muitas vezes em meio a muitas sujeiras. (Foto: Reprodução / schnauzerfriendsza)

“Quando os consumidores compram cachorros e gatinhos nas lojas de animais, desconhecem, muitas vezes, a origem dos animais e contribuem para uma indústria triste e de sofrimento”, disse Deborah Howard, presidente da Companion Animal Protection Society (CAPS), que acredita que a mudança irá ajudar a quebrar um ciclo de crueldade e maus-tratos, principalmente com as cadelas utilizadas apenas para procriar e que acabam sendo descartadas quando não podem mais ter filhotes.

Fonte: The Telegraph / Jornal de Notícias

Data: 
17 de Outubro de 2017

Autor

Autor: 
Andrezza Oestreicher
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