Mais uma vez, a ganância do ser humano, chamado de racional, transformou seres tão amáveis como os cachorros em máquinas de reproduzir filhotes e em fonte de lucro e de dinheiro. É exatamente isso o que criadouros clandestinos fazem.
Na última sexta-feira, dia 20 de abril, a Polícia Militar Ambiental (PMA) encontrou em uma residência em Praia Grande, no litoral de São Paulo, cachorros da raça Galgo Italiano, considerada rara no Brasil, em um estado terrível e em visíveis condições de grave negligência.
A PMA foi chamada depois que vizinhos começaram a sentir um mau cheiro muito forte vindo da residência. Como o proprietário da casa não aparecia há cerca de duas semanas, os vizinhos começaram a achar que o homem estava morto no local.
Porém, antes mesmo de entrarem na residência os policiais já puderam perceber que o odor que vinha do local era dos cachorros e da situação deplorável em que eles estavam vivendo. Os animais estavam sendo muito negligenciados e visivelmente desnutridos.
Com imagens do local, os policiais conseguiram permissão para arrombar os cadeados e entrar no local, para verificar a parte de dentro da casa.
O lado de dentro estava muito pior do que os policiais imaginavam. Seis cachorros, todos da raça Galgo Italiano, eram mantidos na casa sem nenhum tipo de cuidado e em meio a muita sujeira, incluindo as próprias fezes.
Os cães estavam sem nem um tipo de alimentação e completamente sem água, extremamente magros e desidratados.
Além dos cachorros vivos, também foi encontrada a ossada de um animal em um corredor e um cão em estado de decomposição foi encontrado dentro de um cômodo que estava trancado.
A situação de negligência em que os animais estavam vivendo foi comprovada por equipes da Vigilância Sanitária e do Departamento de Zoonoses que foram chamadas no local.
Os cachorros vivos foram apreendidos e resgatados pela polícia e encaminhados para receber os cuidados e tratamentos necessários em um centro especializado na cidade.
De acordo com informações da polícia, o proprietário da casa, que não tinha sido localizado até sábado, vai ser multado em R$ 30 mil pela Polícia Militar Ambiental e também irá responder a um inquérito sobre crime ambiental.
A suspeita é de que a residência funcionava com um criadouro ilegal e a polícia está investigando o local.
Fonte: G1