O que tinha tudo para ser mais um atendimento habitual do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), acabou despertando o interesse da população em geral e dos amantes da causa animal. Isso porque envolve um cão esperando por seu companheiro, um morador de rua.
Quando a equipe de pronto-atendimento chegou no estacionamento do Fórum de Sobradinho, o objetivo seria socorrer um morador de rua. No entanto, eles notaram que um animal “demonstrava extrema preocupação com o paciente”.
Um homem, chamado Josiel com 50 anos, estava passando por uma crise convulsiva e tinha sofrido uma queda. Conforme pessoas que estavam no lugar na hora do atendimento, o cachorrinho é a principal companhia do homem. De acordo com os bombeiros, o homem necessitava ser conduzido para um hospital. Todavia, o bichinho não abandonava o tutor.
Quando Josiel foi conduzido para dentro da ambulância, o cachorrinho também acabou entrando e se deitou ao lado da maca. Sendo assim, os bombeiros optaram por deixar o animal ao lado do morador de rua para não prejudicar ou retardar o atendimento.
Na unidade hospitalar, novamente, o animal quis ficar ao lado do homem. Só que ele foi proibido de entrar no local. Segundo o relato dos bombeiros, o bichinho se posicionou na porta de entrada do hospital no decorrer de todo o tempo em que o morador de rua passou por atendimento.
Após atendimento ao morador de rua, ambulância passou por ‘rigoroso processo de assepsia’
Após o trabalho cumprido, os bombeiros se impressionaram com a reação do cachorro. Por isso, os militares fizeram questão de esclarecer porque deixaram que o bichinho entrasse no veiculo hospitalar, ao lado do morador de rua. A corporação emitiu uma nota oficial para explicar o procedimento durante e após o socorro.
“Diante da necessidade de remoção do paciente, a condição de tranquilidade do animal no interior da Unidade de Resgate, o risco de algum Militar ser mordido ao tentar a expulsão da cachorra e o agravamento do quadro do Sr. Josiel, a guarnição optou por efetuar o transporte mesmo com o animal no interior da viatura.
Ressaltamos que o animal adentrou voluntariamente na ambulância. A equipe, com três bombeiros é dimensionada para o atendimento sem essas intercorrências. Não havia condição de retirar o animal sem prejudicar o atendimento. Aguardar outra equipe implicaria em mais demora e geraria mais desconforto ao paciente. A viatura passou por um rigoroso processo de assepsia, de modo a estar apta a compor a frota de socorro do CBMDF novamente”.
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