Entretanto, é comum que surjam muitas dúvidas sobre esse tema, visto que são muitos pontos envolvidos nesses cuidados com os amiguinhos de quatro patas.
Nesse texto você vai encontrar uma série de perguntas e respostas sobre cuidados com cães, mas é importante dizer que isso não substitui uma consulta com o veterinário.
Esse profissional é a melhor pessoa para te orientar em relação a qualquer duvida que você tenha em relação ao cão, ok?
Então, vamos lá!
1. Quais são os principais cuidados ao comprar um cão filhote?
Dois filhotes – Foto: Freepik
Cuidados com cachorros: Primeiramente, se você estiver pensando em comprar um filhote, precisa ter a certeza de ter escolhido um animal compatível com a sua rotina.
Ou seja, que você vai dar conta de suprir todas as demandas dele. Se o animal for de raça, estude bem as características típicas.
Além disso, certifique-se de adquirir apenas animais de canis certificados e criadores realmente confiáveis.
Condições de higiene e o manejo dos animais são pontos fundamentais a se analisar nesse caso. Procure conhecer os pais e irmãos do cãozinho que pretende comprar também, verificando o estado de saúde e nutricional deles.
Além disso, existem alguns pontos a observar para avaliar a saúde do cãozinho escolhido. Alguns dos principais são:
- Os machos devem ter dois testículos na bolsa escrotal. A ausência de um ou dos dois é sinal de problema;
- A gengiva deve estar bem rosada;
- Verifique se os pelos estão brilhantes, macios e sem falhas. Também observe se não há pulgas e carrapatos;
- O animal não deve se coçar em excesso;
- O corpo deve ser arredondado e o animal deve ser alegre.
É desejável também que se tenha acesso às informações sobre a saúde dos pais e, eles devem ser negativos para displasia coxofemoral.
Vermifugação e vacinas também precisam estar em dia para garantir que esteja tudo bem com a saúde do cãozinho.
2. Cuidados com os cães: qual é a frequência certa para dar banho no cão?
Cão tomando banho – Foto: Freepik
Cuidados com cachorros: Não existe uma frequência ideal fixa para dar banho no cão. Isso porque essa questão depende de vários fatores.
Primeiramente, existem raças que precisam de uma maior frequência de banhos, enquanto que outras têm baixa demanda em relação a isso.
Para cães que moram em apartamentos ou que estão sempre dentro de casa, recomenda-se uma maior frequência. Um banho quinzenal é uma boa ideia.
Para cães que passam a maior parte do tempo no quintal, um banho mensal é mais do que o suficiente. A não ser, é claro, que o animal se suje muito.
Há ainda o caso específico das raças de pelo denso, como Chow-Chow, Collie, Samoieda e Bernesse, por exemplo.
Esses devem tomar banhos com menos frequência. Uma vez a cada dois meses está ótimo. E é preciso ter bastante cuidado ao secar a pelagem após a lavagem.
Por fim, em épocas mais frias pode-se diminuir ainda mais a frequência dos banhos nesses animais.
3. Quais são as principais doenças de pele que passam dos cães para os seres humanos?
Coceira em cães – Foto: Freepik
Existem muitas doenças de pele que passam dos cães para os animais. Essas são conhecidas como dermatites zoonóticas.
Justamente por essa transmissão entre as espécies deve-se ter ainda mais cuidado para que o seu cãozinho não tenha nenhuma delas.
Sarna, micoses superficiais (causadas por fungos), a esporo tricose (uma micose profunda) e a leishmaniose são as principais.
Então, sempre observe se o seu animal apresenta coceira intensa, falhas nos pelos e manchas na pele.
Caso ele tenha qualquer sintoma desse tipo é preciso leva-lo ao veterinário para um diagnóstico detalhado e início imediato do tratamento.
4. Cuidados com os cães: quais produtos usar para dar banho em cães?
Cachorro tomando banho na bacia, com bolhas de sabão. Foto: Freepik
Antes de mais nada, você jamais deve utilizar produtos humanos para banhar o seu cão. Isso porque o organismo e a pele dos animais são diferentes da dos humanos e, os produtos não terão o efeito desejado.
Para não ter nenhum problema, deve-se selecionar apenas produtos específicos para animais, que tenham formulação suave e pH neutro, que não agrida a pele dos pets.
Além disso, a formulação deve conter componentes que ajudem a eliminar resíduos e odores desagradáveis.
Mas é importante que o perfume não seja tão intenso porque isso pode provocar alergias e incômodos no animal.
5. Cuidados com cachorros: devo castrar o meu cão?
Cão no veterinário – Foto: Freepik
A resposta para essa pergunta é “sim” na maioria das vezes. Se o cão não for de competição ou reprodução responsável, recomenda-se a castração.
Essa é a melhor opção não apenas para evitar a reprodução descontrolada dos indivíduos, mas também para promover uma melhoria no bem estar e comportamento dos animais.
Sobretudo no caso dos machos, a remoção dos testículos traz muitos benefícios comportamentais. Demarcação de território e agressividade diminuem com a cirurgia.
Também há uma diminuição significativa nos comportamentos relacionados ao estímulo sexual, como agarrar pernas e braços das pessoas, por exemplo. Mas a castração também previne o câncer de próstata.
No caso das fêmeas, a cirurgia previne a reprodução indesejada, mas também é fundamental para evitar quadros de infecções uterinas e reduzir as chances do aparecimento de tumores mamários.
6. Como limpar a orelha do cão? Devo remover os pelos do interior?
Veterinário consultando o cachorro. Foto: Freepik
Um dos cuidados com cachorros mais importantes é limpar as orelhas com frequência. Remover impurezas é fundamental para prevenir infecções e inflamações.
Para isso, não se deve utilizar álcool ou vinagre porque essas substâncias podem irritar a pele do animal.
Recomenda-se utilizar apenas produtos específicos para a limpeza do ouvido. É possível comprar essas formulações em lojas de produtos para animais.
Para limpar deve-se utilizar uma gaze ou algodão enrolada no dedo. Evite objetos com pontas e cotonetes.
E se por acaso a orelha do animal estiver muito suja, você deve procurar por um veterinário que possa realizar uma lavagem.
Em relação aos pelos dessa região, eles funcionam como um meio de proteção natural. Ou seja, uma barreira às sujeiras.
Portanto, remove-los pode provocar inflamações e infecções recorrentes no local, provocando prejuízos aos animais.
- Veja mais: Como ensinar xixi e cocô no lugar certo?
7. Qual é a frequência de troca de pelos do cão e o que fazer?
Cão peludo – Foto: Freepik
Muito tutores ficam em dúvidas sobre o período de troca de pelos de algumas raças de cachorros e o que fazer nessa época.
Primeiramente, se deve dizer que o controle da substituição da pelagem envolve muitos fatores, como: genética, hormônios, temperatura, estado nutricional do animal e fotoperíodo.
Por isso, antes de mais nada, verifique se a perda de pelo no cão não está acontecendo por causa de algum problema.
Verifique a nutrição e bem estar geral do cão e, também se certifique de que a pelagem não tem manchas, sinais de vermelhidão e, se o animal não apresenta episódios de coceira intensa.
Se tudo estiver sob controle, é provável que a perda de pelo seja realmente devido ao período do ano. Algumas raças trocam a pelagem para a chegada do inverno e do verão.
O melhor a fazer é ajudar com o processo utilizando escovas específicas para o tipo de pelo do cão.
Escovar o animal diariamente vai deixar a pelagem bem bonita e ajudar a diminuir a sujeira ocasionadas pelos bolos de pelos espalhados pela casa.
- Veja também: Como viver com um cachorro cego
8. Cuidados com cachorros: Existem raças que não podem ser tosadas?
Poodle – Foto: Freepik
Cuidados com cachorros: Ao mesmo tempo em que algumas raças precisam de tosas frequentes para a manutenção da saúde e bem estar, existem outras que não suportam esse processo.
Não se sabe bem os motivos que levam a isso, mas raças que têm a pelagem muito densa não devem ter os pelos removidos por tosa.
Raças como Chow Chow e Husky Siberiano podem apresentar o que se chama de alopecia pós tosa em alguns locais do corpo.
Ou seja, em algumas áreas que foram tosadas o pelo não consegue se recuperar e crescer novamente da maneira esperada.
Em geral isso se normaliza depois de mais ou menos seis meses. Apesar disso, não é recomendado tosar essas raças a não ser que haja uma recomendação médica.
9. Cuidados com cachorros: Como combater pulgas e carrapatos?
Cuidados com cachorros: Quando se fala em cuidados com cães diretamente, pode-se falar em algumas formas principais de se combater as pulgas e carrapatos: métodos tópicos e sistêmicos, além de produtos a serem usados no ambiente.
Por sorte, atualmente o mercado disponibiliza aos tutores muitos produtos extremamente seguros e eficazes contra os parasitas externos de cães.
Cachorro sentado se coçando – Foto: Freepik
É importante ter a indicação de um veterinário para saber se é melhor usar um produto do tipo comprimido ou aqueles de uso tópico, que são as pipetas de veneno.
Juntamente com isso é fundamental utilizar também produtos para combate da presença dos parasitas no ambiente.
Quando você perceber que existe uma infestação em curso, é recomendado pulverizar o ambiente com veneno específico pelo menos três vezes, com intervalo de quinze dias entre os processos.
Além disso, manter o animal sempre com uma coleira antiparasitária também é uma ótima estratégia para evitar o aparecimento e proliferação desses bichinhos indesejados.
- Veja também: Dicas de como comprar um cão de raça
10. O que é a intermação e como evitar que isso aconteça?
Cuidados com cachorros: Um dos cuidados com cães diz respeito ao aquecimento devido ao calor excessivo. É preciso ter bastante cuidado com os peludos em relação a isso.
Em casos extremos a temperatura do animal ultrapassa os 40ºC e esse aumento brusco pode levar a um problema gravíssimo.
Sobretudo em dias mais quentes do ano o animal pode ter um aumento da temperatura corporal.
Quando isso acontece é preciso reverter o quadro rapidamente, visto que essa é uma emergência médica.
O quadro se parece bastante com a insolação, mas nesse caso a gravidade do problema é superior e o cão pode morrer em pouquíssimo tempo.
Isso acontece principalmente porque os cães não possuem glândulas sudoríparas eficientes como as dos humanos.
Por isso, é fundamental que os tutores compreendam essa limitação do animal e ajudem o cão a se manter fresco, sobretudo em dias demasiadamente quentes.
Evite estimular o animal a fazer atividades físicas quando a temperatura estiver muito elevada. Também disponibilize água fresca para o cão beber e um local fresco e sombreado para ele descansar.
11. Cuidados com cachorros:: os humanos podem beijar os cães?
Criança beijando cachorro – Foto: freepik
Os humanos e os cães se dão muito bem há séculos e, cada vez mais os animais são considerados membros das suas famílias.
Por isso, é comum que os tutores beijem os pets, inclusive na boca. Entretanto, isso é desaconselhado por médicos.
Tanto humanos quanto animais carregam muitos microrganismos nas suas mucosas orais e, esses podem ocasionar problemas de saúde na outra espécie.
Sendo assim, tanto os humanos quanto os próprios animais correr riscos com esse tipo de atitude. Sendo assim, é melhor oferecer outras formas de carinho ao animal.
Em relação a beijos na pelagem e no nariz, é preciso ter noção de que essas superfícies também são repletas de microrganismos. Por isso, você pode desenvolver alguma doença ocasionada por eles.
Por fim, deve-se dizer que alguns cães não gostam de beijos e, por isso você deve respeitar o animal.
É importante também orientar as crianças de que os cães podem não gostar de beijos e, nesse caso podem se mostrar até mesmo agressivos.
- Veja também: Verdades e mentiras sobre a castração canina
12. Se eu estiver com Covid-19 posso ter contato com o meu cão?
COVID-19 e animais de estimação. Foto Freepik
Mesmo depois de tanto tempo de pandemia de Covid-19, ainda se sabe muito pouco sobre os mecanismos de transmissão da doença entre espécies.
Por isso, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) recomenda que qualquer pessoa que esteja contaminada com Covid-19 evite ter contato com os seus animais de estimação.
Além disso, sempre que você precisar cuidar do seu bichinho, procure fazer isso com uma máscara facial de boa qualidade e, higienize bem as mãos antes do processo.
Todo cuidado é pouco quando se fala em vírus. Afinal de contas eles podem sofrer mutações e, assim se tornar perigosos para outras espécies.
Além disso, existem muitos relatos de animais de estimação que contraíram o Covid-19, apesar de eles não terem problemas graves em relação a isso.
São muitas as perguntas sobre cuidados com cães e, é difícil abordar todas elas aqui. Mas esse post trouxe muitos esclarecimentos e vai te ajudar a cuidar melhor do seu pet.
