Por mais que o AVC não seja uma condição tão comum em cães, é importante conhecer os sinais de acidente vascular cerebral para evitar problemas graves.
Isso porque mesmo sendo difícil de acontecer nesses animais, a condição é potencialmente perigosa.
As causas de ocorrência são muitas e, existem tipos diferentes, mais em todas elas o perigo maior é a diminuição do fluxo de sangue no cérebro do animal.
Reconhecer os sinais é essencial para um socorro rápido, fundamental para que o cão não fique com sequelas.
Logo aos primeiros sinais de AVC, é fundamental levar o pet para uma consulta com o veterinário, visando iniciar o tratamento mais adequado.
Sinais de acidente vascular cerebral em cães: conheça os tipos de AVC
Antes de mais nada, você deve saber que o AVC em cães é bem mais difícil de acontecer do que nos seres humanos.
É bem mais difícil que animais cheguem ao consultório veterinário com sinais de acidente vascular cerebral.
Mas vale observar que isso pode acontecer por falta de informação do tutor e baixa capacidade de identificação dos sinais de acidente vascular cerebral em cães.
Basicamente, o que caracteriza um AVC é a baixa distribuição de sangue pelo cérebro do animal. Na verdade, há uma interrupção do fluxo sanguíneo que chega até o encéfalo do pet.
O AVC isquêmico, por exemplo, ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe ou quando há formação de um coágulo. Obviamente, em ambos os casos o fluxo sanguíneo não é adequado.
Em muitos casos, a doença está relacionada com outros problemas, como é o caso de endocardite e neoplasias cardíacas (quando há tumores na região).
Outras causas possíveis são o aparecimento de coágulos por conta de uma cirurgia, problemas na coagulação do sangue ou a presença de doenças infecciosas, como é o caso da erliquiose, ou doença do carrapato.
Em casos mais raros, o deslocamento de parasitas para a região da cabeça também pode provocar um acidente vascular cerebral.
Conheça os sinais de acidente vascular cerebral em cães
Quando se fala em acidente vascular cerebral, muita gente se preocupa com a dor que o animal possa sentir eventualmente.
No entanto, existem muitos outros sinais que indicam a condição e, que são fundamentais para o diagnóstico precoce.
É importantíssimo que o tutor esteja sempre bem atento a diferentes problemas que possam surgir no animal. Os principais sinais de acidente vascular cerebral em cães são:
1. Caminhar em círculos
Um dos principais sinais de acidente vascular cerebral em cães é a caminhada em círculos, alterando completamente a rota.
Isso acontece porque há uma alteração enorme na oxigenação na região do encéfalo, de modo que o animal não consegue fazer o processamento das informações adequadamente.
Com isso, a marcha de caminhada fica completamente alterada e, ao invés de o animal ir para a frente, ele passa a caminhar em círculos e não consegue parar.
2. Sinais de acidente vascular cerebral em cães: virar para o lado errado quando é chamado
A explicação nesse caso é basicamente a mesma dada anteriormente. Como falta oxigênio na região do encéfalo, o animal tem a sua capacidade de processamento de informações fica prejudicado.
Sendo assim, não há uma adequada comunicação entre o processamento da audição e da caminhada ao mesmo tempo.
Nesse caso, é comum tanto que o pet vá para o lado errado, quanto acabe caminhando em torto ou algo assim.
3. Cabeça pode pender para um dos lados
Um dos sinais de acidente vascular cerebral é quando a cabeça pende para um dos lados, uma vez que o animal pode ter paralisia em um dos lados do corpo.
Caso o cão sofra um AVC do lado direito do corpo, por exemplo, ele tende a ter uma paralisia do lado esquerdo. E vice versa.
Isso acontece porque cada um dos hemisférios cerebrais coordena de maneira predominante o lado oposto.
4. Problema de equilíbrio e queda
Quando o animal sofre um AVC, geralmente ele apresenta problema no caminhar e, inclusive pode acabar desequilibrando e caindo.
Isso vai acontecer quando o AVC acometer a área do cérebro responsável pelo equilíbrio. Pode haver uma crise vestibular aguda, provocando tonturas frequentes.
Às vezes o tutor percebe que o animalzinho está com problema de equilíbrio, mas sem desconfiar de que possa se tratar de um acidente vascular cerebral.
5. Sinais de acidente vascular cerebral: Letargia
Como o cérebro é o centro de recepção e envio de sinais para o corpo, é ele que processa as informações e permite que os movimentos aconteçam.
Sendo assim, a falta de irrigação adequada na região faz com que o animal apresente letargia, uma vez que ele não vai conseguir levantar ou se movimentar adequadamente.
6. Cegueira repentina
Assim como acontece em humanos, um dos principais sinais de acidente vascular cerebral em cães é a cegueira, que pode ser repentina ou não.
Tudo vai depender da área do encéfalo que é afetada pelo problema. Geralmente, acontece a perda momentânea da visão ou, pode haver a perda de metade do campo visual.
Todos esses problemas que podem ocorrer na forma de falhas de visão, são conhecidos como defeitos de campo visual.
Caso o problema persista, você deverá aprender a conviver com um cão cego.
7. Sinais de acidente vascular cerebral em cães: micção ou defecação espontânea
Tudo depende da área do cérebro afetada, mas um dos maiores sinais de acidente vascular cerebral em cães é a micção ou defecação espontânea.
Ou seja, o animal perde o controle sobre o ato de fazer xixi ou cocô. Isso pode ocorrer momentaneamente ou perdurar para o resto da vida do animal.
Se a região do cérebro relacionada a esse controle for afetada e não se recuperar, vai acabar com problemas de incontinência para o resto da vida.
Mas outra coisa que pode ocorrer é que o próprio AVC pode fazer o animal defecar ou urinar por causa da dor que sente ou do medo daquilo que está acontecendo com ele.
8. Vômito
Mesmo que essa não seja uma situação obrigatória, quando um cão tem AVC, é possível que ele tenha náuseas e vômito.
Isso acontece por conta de todo o processo que acontece no organismo dele. São muitas as alterações e as descargas de neurotransmissores e substâncias relacionadas ao medo e dor.
Tudo isso pode levar o pet a sentir náuseas e, até mesmo a vomitar. Mas isso acontece apenas em alguns casos.
9. Sinais de acidente vascular cerebral em cães: Nistagmo
Basicamente, denomina-se nistagmo a condição em que os olhos se movimentam involuntariamente.
Parece que o indivíduo está acompanhando algum objeto que se movimenta de um lado para o outro.
Este é um sinal bem clássico e, apesar de não estar presente de maneira obrigatória, é bom que o tutor esteja bem atento ao seu animalzinho.
10. Febre
Este é um sinal pouco conhecido como podendo ser de origem neurológica, mas também é no encéfalo que ocorre o controle da temperatura corporal.
Sendo assim, quando o animal passa por um AVC e ocorre um desajuste nesse controle da sua homeostasia, pode haver um hiperaquecimento do corpo.
Obviamente, os sinais dependem da região que foi afetada e, por isso eles variam de um cão para outro.
De qualquer forma, deve-se estar bem atento a qualquer sinal que indique uma paralisia localizada ou unilateral.
Sinais neurológicos são clássicos e, é importantíssimo que o tutor se atente a qualquer um deles e, leve o seu animalzinho a um médico veterinário o mais rápido quanto for possível.
É importante ter uma ideia de que o AVC embólico geralmente tem sintomas que se iniciam bruscamente.
Por outro lado, o isquêmico ou hemorrágico inicialmente pode ser assintomático e, ter uma evolução retardada.
O que fazer para ajudar um cão com AVC?
Os sinais de derrame em cachorro nem sempre são tão claros e variam de indivíduo para indivíduo.
Sendo assim, o tutor deve estar bem atento a tudo o que pode surgir e, ao perceber qualquer sinal de problema, deve tomar algumas precauções.
O primeiro passo deve ser colocar o animal em um lugar confortável, visando proteger o pet em caso de convulsão.
Mas isso só até você se organizar para leva-lo ao veterinário, uma vez que é imprescindível fazer isso imediatamente após o início dos primeiros sinais.
Diagnosticar e tratar precocemente o problema é fundamental para evitar complicações. O ideal é que o tutor leve o animal para uma avaliação com um médico veterinário neurologista.
Este é o profissional mais adequado para solicitar exames específicos que auxiliem a fechar o diagnóstico preciso.
Além dos exames mais comuns, de sangue, urina e fezes, um eletrocardiograma, análise de liquido cefalorraquidiano e exames de imagem são importantíssimos.
Tomografia computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM) são os dois exames de diagnóstico por imagem mais precisos, que ajudam a ter uma ideia sobre o que ocorreu no encéfalo.
Nesse caso, é preciso anestesiar o animal, uma vez que o exame deve ser realizado com ele completamente imóvel.
O Que Causa o AVC ?
Antes de mais nada, é importante entender que os acidentes vasculares, ou derrames, podem ser de tipos diferentes.
O derrame isquêmico ocorre por algum problema que atrapalha a circulação sanguínea. No caso do AVC embólico, bactérias, gordura, corpos estranhos ou até o ar impede o fluxo sanguíneo adequado.
No caso do AVC trombótico, ocorre basicamente a mesma coisa, mas a causa é a formação de coágulos.
O derrame hemorrágico, por sua vez ocorre quando há rompimento de um vaso sanguíneo, o que provoca sangramento, impedindo a chegada de sangue ao cérebro todo ou membranas que o rodeiam.
É comum que o AVC isquêmico esteja relacionado a doenças, como é o caso de insuficiência renal, problemas cardíacos, Síndome de Cushing, diabetes ou hipertensão.
Os êmbolos podem se formar também por conta de gordura, parasitas, pedaços de tumores ou de cartilagem.
Em contrapartida, os AVC´s hemorrágicos acontecem em caso de acidente ou, quando o pet tem algum problema de insuficiência cardíaca.
Um problema de coagulação pode surgir em alguns casos de envenenamento ou inflamação nas artérias, por exemplo.
Entenda como é o tratamento do acidente vascular cerebral em cães
Além de compreender quais são os principais sinais de que ocorreu um AVC, deve-se entender como é feito o tratamento.
Basicamente, isso ocorre sempre visando diminuir quaisquer danos que o problema tenha ocasionado no animal.
Além disso, deve-se agir sempre na tentativa de diminuir as chances de que ocorra um novo derrame.
Logo após um acidente vascular cerebral, pode-se usar algum tipo de medicação que ajude a diminuir o inchaço local no cérebro.
Pode-se também agir melhorando a oxigenação da região por meio de uso de oxigênio e, também se pode usar medicamentos específicos.
O mais importante é que se descubra qual é a causa específica do AVC no animal e, então fazer o tratamento diretamente.
Assim, é possível usar medicações para pressão alta, insuficiência cardíaca e problemas de coagulação, por exemplo.
Infelizmente, em muitos casos não se consegue determinar exatamente qual é a causa do AVC e, por isso, o animal permanece sem tratamento adequado.
O cachorro se recupera de um AVC?
Por sorte, na grande maioria dos casos os cães possuem um prognóstico e evolução muito bons em relação ao AVC.
Geralmente os animais voltam ao normal dentro de algumas semanas, mas isso pode não acontecer.
Na verdade, a recuperação do pet vai depender da localização e, da extensão da lesão. Quando os danos são extensos e pegam uma área de grande importância, a recuperação se torna bem mais complicada.
Outro ponto importante é que a partir do momento em que o animal tem um episódio, outros tendem a acontecer.
É importantíssimo definir as causas, pois assim fica bem mais fácil escolher uma opção válida e eficiente de tratamento.
Conclusão
Por mais que o acidente vascular cerebral em cães não seja algo tão comum, quando ele ocorre demanda uma intervenção rápida.
Por isso, é fundamental que os tutores conheçam os sinais de acidente vascular cerebral em cães e, assim possam ajudar o animal e leva-lo a um veterinário o mais rápido quanto for possível.
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