Transfusões de sangue em cachorros: É bem provável que você saiba pelo menos alguma coisa sobre esse tema em humanos, mas o que você conhece sobre transfusões de sangue em cães?
Com um hábito bem maior em se fazer muitas campanhas para a doação de sangue humano, praticamente se pode esquecer que essa também é uma realidade para os nossos amiguinhos peludos.
Mesmo que os bancos de sangue veterinários não sejam tão comuns, eles existem e, estão presentes sobretudo em grandes centros urbanos.
Inclusive, deve-se dizer que esse tipo de serviço é fundamental para salvar a vida de muitos animaizinhos.
Existem muitas situações nas quais os pets podem precisar receber sangue. O mais comum é que isso ocorra por conta de cortes e acidentes, mas existem doenças crônicas que também fazem com que o animal necessite de uma transfusão.
E é justamente por esse ser um tema tão importante que falaremos sobre o tema nesse post. Então, fique aí para saber mais sobre as transfusões de sangue em cães.
Quando as transfusões de sangue em cães são importantes?
Transfusões de sangue em cachorros: O mais comum de acontecer na clínica veterinária é que um animal necessite de uma transfusão por conta de um trauma ou anemia.
E existem vários casos nos quais esse tipo de procedimento é essencial para evitar que o pet entre em choque e, então reestabelecer a sua boa saúde.
Sendo assim, as transfusões de sangue em cães são fundamentais em casos de anemia grave e, quando os pets passam por procedimentos cirúrgicos de grande porte, com grande perda de sangue.
Os quadros anêmicos geralmente são secundários a outros problemas de saúde, sobretudo doenças infecciosas de vários tipos.
O que se costuma ver mais comumente são animais que desenvolvem quadros de anemia severa ocasionados por doença do carrapato, insuficiência renal e verminoses severas”.
Entenda melhor os quadros anêmicos
Algo bem importante que deve ser dito é que dependendo da situação, até mesmo a alimentação oferecida ao pet pode levar o cão a precisar de uma doação de sangue.
Isso porque uma dieta pobre em nutrientes pode levar o animalzinho a um quadro de anemia. E quando isso acontece e nada é feito inicialmente, o problema se agrava, levando o cão a necessitar de uma transfusão de sangue.
Se um cachorro não tem a alimentação adequada e balanceada, pode receber quantidades limitadas e insuficientes de ferro, desenvolvendo o que se chama de anemia ferropriva.
Por conta da deficiência nos níveis de ferro no sangue, a produção de hemácias no organismo do animalzinho fica completamente prejudicada.
Por isso é tão importante cuidar da alimentação dos animais de estimação, oferecendo a eles alimentos de alto valor nutricional.
Além de a dieta ser equilibrada, é muito importante que os nutrientes estejam biodisponíveis, sendo facilmente absorvidos e utilizados nas reações metabólicas.
Anemia hemolítica é uma situação à parte
Nem sempre um quadro de anemia acontece por uma nutrição inadequada. Existem ainda situações em que esse é um problema do próprio indivíduo.
A anemia hemolítica, por exemplo, é uma condição relativamente comum, na qual o organismo do próprio animal ataca as hemácias dele mesmo.
Essa é uma doença autoimune, uma vez que o organismo vai reconhecer as hemácias como se elas fossem agentes externos e nocivos.
Nesse caso, o quadro depende do estado de saúde do indivíduo e das reações do seu organismo. Mas existem vários níveis de acometimento.
Quando o cachorro passa muito tempo sem um tratamento adequado, pode ter uma anemia severa. E esse é um dos casos nos quais se utilizam as transfusões sanguíneas em cães.
Inclusive, se o quadro for grave e a doação não ocorrer, o animal pode ir à óbito.
Transfusões de sangue em cães: existem riscos?
Uma das principais dúvidas em relação às transfusões de sangue em cães é se este procedimento oferece riscos para a saúde dos animais.
À priori, este é um procedimento bastante seguro, mas os tutores dos animais envolvidos devem ter em mente que alguns problemas podem sim acontecer.
Antes de se realizar uma transfusão, os animais passam por exames. Sobretudo o doador deve realizar uma série de testes que vão dizer se ele está apto a passar pelo procedimento ou não.
Basicamente, o animal não pode ter nenhuma doença infectocontagiosa e deve estar completamente saudável de maneira geral.
Apesar de se estabelecer requisitos para as transfusões sanguíneas em cães, existem intercorrências que podem surgir durante ou depois.
O animal receptor pode apresentar alguns sinais indesejados, como é o caso de febre, taquicardia, hipotensão, tremores, fraqueza, convulsão e salivação excessiva.
No geral é possível reverter a situação com o manejo do animalzinho. E o mais importante é ter em mente que os cães que entram em quadros de anemia severa podem morrer se forem deixados sem o sangue recebido.
Sendo assim, os riscos das transfusões sanguíneas em cães são bem menores do que deixar os pets sem tratamento.
Existe a compatibilidade entre tipos sanguíneos?
Da mesma maneira como acontece com o sangue dos seres humanos, para as transfusões sanguíneas em cães também seria necessário avaliar a compatibilidade entre os tipos sanguíneos.
No entanto, o que acontece é que os cachorros apresentam vários tipos sanguíneos e, em geral eles são mais complexos do que aqueles que se vê em humanos.
Para os cães, são sete variedades e subvariedades compondo o sistema de “Antígeno Eritrocitário Canino”, ou “Dog Eritrocyte Antigen” (DEA).
A título de curiosidade, existem os tipos DEA 1 (dividido nos subtipos DEA 1.1, 1.2 e 1.3), DEA 3, DEA 4, DEA 5 e DEA 7”.
Diante dessa observação, é definido que em uma primeira vez que o cachorro precisar de uma transfusão sanguínea, ele pode receber qualquer um dos tipos.
No entanto, a partir da segunda transfusão podem ocorrer reações indesejadas. Por conta desse risco, deve-se planejar apenas transfusões entre cães compatíveis.
Entenda como são feitas as transfusões sanguíneas em cães
Da mesma forma como acontece com o procedimento em humanos, para que as transfusões sanguíneas em cães aconteçam é preciso que existam pelo menos dois animais envolvidos.
Por mais que o procedimento seja simples, rápido e indolor, é fundamental que o tutor de um animal saudável permita que o seu cão seja doador.
Tendo o animal doador à disposição, ele deve passar por alguns exames que garantam o seu bom estado de saúde, habilitando-o para a transfusão.
E no momento da transfusão em si, o pet deve se deitar de forma confortável, permanecendo tranquilo.
Dessa maneira o seu sangue pode ser coletado, geralmente de uma veia das patas e, armazenado em uma bolsa própria para coleta.
Feito isso, o animalzinho doente poderá receber o sangue, tão fundamental para que a sua cura possa acontecer.
Mas deve-se salientar que todo esse procedimento precisa ser feito por um profissional de saúde habilitado a isso, evitando assim que aconteça qualquer problema com algum dos animais.
Quais são os critérios para os doadores?
Transfusões de sangue em cachorros: Mais uma vez pode-se dizer que as transfusões sanguíneas em cães se assemelham muito ao procedimento realizado na medicina humana.
Sendo assim, existem alguns critérios básicos para que um cão possa ser doador. A seguir falaremos sobre quais são os principais:
- A idade do doador deve ser entre um e oito anos;
- É preciso que o animal pese mais do que 25 quilos;
- O cão não pode ter ectoparasitas e, deve utilizar algum método de proteção contra eles;
- Estar saudável, devendo passar inclusive por uma série de exames gerais que comprovem isso;
- Os procedimentos de vermifugação e vacinação devem estar em dia;
- Fêmeas não podem passar por transfusões sanguíneas em cães caso estejam prenhes ou no cio;
- Entre uma doação e outra é preciso respeitar um período de três meses de intervalo pelo menos;
- O doador não pode ter recebido uma transfusão e nem ter passado por cirurgia menos de 30 dias antes da doação;
- É importante que o cão doador seja dócil e tranquilo, permitindo assim que a coleta do sangue seja realizada sem maiores problemas e sem provocar estresse;
Transfusões de sangue em cães: existem bancos próprios?
Transfusões de sangue em cachorros: Sim, existem bancos de sangue especializados em transfusões de sangue em cães. O problema é que são poucos no Brasil e, a maioria se encontra nos grandes centros urbanos.
Apesar disso, a boa noticia é que se pode realizar esse tipo de procedimento em clínicas e hospitais veterinários especializados.
Basta que os profissionais nesses locais estejam preparados e tenham todos os materiais necessários para a realização desses procedimentos de maneira extremamente segura.
O grande problema disso é que muitas vezes é preciso realizar transfusões de emergência e, nesses casos não existe material já disponível.
Sendo assim, caso um pet necessite de uma doação de sangue, então é preciso buscar por um cão que possa servir como doador.
Todo esse processo pode demorar um pouco. E é ainda pior caso o centro veterinário não tenha todos os materiais necessários e nem profissionais habilitados para isso.
Além disso, mesmo que um animalzinho esteja disponível para a coleta, ele deve permanecer algum tempo em jejum e, ainda deve passar por exames que são fundamentais para garantir uma doação segura.
Sendo assim, deveria haver uma conscientização sobre a importância de se ter centros para transfusões sanguíneas em cães. Dessa forma seria possível salvar a vida de muito mais animaizinhos.
Transfusões de sangue em cachorros: Como tornar o seu cão um doador de sangue?
Muito se fala sobre campanhas de doação de sangue em seres humanos, mas isso não é tão bem difundido no caso de animais.
No entanto, como você pode perceber, é extremamente importante ter esse recurso à disposição, uma vez que as transfusões sanguíneas em cães podem salvar muitas vidas.
Se você estiver ciente dessa importância e quiser disponibilizar o seu cãozinho para doar sangue, antes de mais nada precisa verificar se ele se enquadra nos critérios.
O mais importante é que ele tenha idade, peso e condições de saúde adequados. Em caso positivo, você deve procurar saber se na sua cidade existe um hemocentro.
Na maioria das cidades brasileiras não existem locais próprios de coleta de sangue, mas são muitas as clínicas capacitadas a isso.
Sendo assim, você pode conversar com o profissional veterinário responsável por cuidar do seu pet e, ver com ele como proceder para fazer o cadastro do seu cãozinho como possível doador.
Algo interessante de se dizer é que uma única doação é capaz de salvar a vida de até quatro cachorros.
Além disso, a transfusão também pode ser vantajosa para o cão doador, uma vez que esse vai receber o direito de realizar exames completos de maneira gratuita.
Isso inclui, por exemplo, hemograma completo, teste de função renal, exames de leishmaniose canina, dirofilariose, Lyme, ehrlichia canina (doença do carrapato) e brucelose.
Dessa maneira, além de o seu cão ajudar outros animais, ele ainda será ajudado a manter a sua saúde e, o tutor também economiza o valor que seria gasto com esses exames.
É importante que os tutores tenham a consciência de que as transfusões de sangue em cães são fundamentais em alguns casos.
Por isso, se possível, cadastre o seu cachorro como doador. A qualquer momento pode ser que ele mesmo precise de uma transfusão.
Quanto custa uma transfusão para cão?
Transfusões de sangue em cachorros: No último tópico desse nosso post falaremos sobre algo que preocupa muitos tutores, que é o custo das transfusões sanguíneas em cães.
No momento em que um pet querido fica doente, os tutores não medem esforços para proporcionar o tratamento adequado.
Ainda assim, é inegável que os custos envolvidos também representam uma questão importante para a maioria das pessoas.
Falar sobre custo de qualquer procedimento ou tratamento veterinário é complicado porque isso depende bastante de vários fatores.
O próprio estado de saúde do animal doente interfere diretamente nos custos. Além disso, tudo depende do local onde o procedimento será realizado.
Mas levando-se em consideração uma média de preço, uma bolsa de sangue de mais ou menos 500 ml tem um custo aproximado de R$400.
Transfusões de sangue em cachorros – Conclusão
Transfusões de sangue em cães são bem menos comuns em relação ao procedimento realizado em seres humanos, mas ainda assim são fundamentais para salvar muitas vidas.
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