A dirofilariose, conhecida como a doença do verme do coração, é uma condição parasitária grave que afeta principalmente cães, mas também pode acometer gatos e outros mamíferos.
Causada pelo parasita Dirofilaria immitis, a doença se instala no coração dos animais, comprometendo seriamente a saúde e, em casos extremos e não raros, pode levar à morte.
Neste artigo, exploraremos o que é a dirofilariose, como ocorre a transmissão, os sintomas, o tratamento disponível no Brasil e as formas de prevenção.
Vamos entender TUDO sobre o verme do coração
O que é a Dirofilariose?
A dirofilariose, também conhecida como a doença do verme do coração, é causada por vermes “primos” da famosa Solitária, aquele verme intestinal de humanos. As larvas da dirofilária podem atingir até 30 centímetros dentro do lado direito do coração.
É considerada pelos médicos veterinários uma doença silenciosa, pois na maioria das vezes só percebemos a infestação quando o animal está muito parasitado, consequentemente o tratamento fica mais difícil.
Como o cão se infecta com o verme do coração
A transmissão se dá quando mosquitos, de diversas infectados com larvas de Dirofilaria immitis picam um animal. Nesse momento as larvas entram na corrente sanguínea, enquanto se alimentam e se desenvolvem nos vasos, ela vai migrando até chegar ao coração, já na fase adulta. Lá as larvas se acumulam e também se reproduzem, aumentando assim a congestão do coração.
Locais endêmicos no Brasil
No Brasil, a dirofilariose é mais comum em regiões litorâneas e áreas com alta densidade de mosquitos, como o Rio de Janeiro, Espírito Santo e estados do Nordeste.
Nessas áreas, o clima favorece a proliferação de mosquitos, aumentando o risco de transmissão. Portanto, se você mora ou viaja frequentemente para essas regiões com seu pet, é essencial estar atento à prevenção.
Sintomas do verme do coração
Os sintomas da dirofilariose variam de acordo com a quantidade de vermes presentes e o estágio da doença.
Nos estágios iniciais, a doença pode não apresentar sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce. Contudo, conforme os vermes crescem e se multiplicam, podem surgir sinais como tosse persistente, fadiga após atividades leves, perda de apetite, perda de peso, abdômen abaulado, desmaios repentinos e dificuldade respiratória.
Sem tratamento, a dirofilariose leva à insuficiência cardíaca e à morte.
Diagnóstico da Dirofilariose
Para diagnosticar o verme do coração, temos alguns caminhos:
Hemograma – Em um exame de sangue simples, nós podemos ver as larvas livres entres as hemácias, mas o resultado não é fidedigno, acontece com frequência do animal estar infectado, mas a amostra de sangue coletada não ter nenhuma larva.
SnapTest – É um exame rápido e super confiável, ele é feito a partir de uma pequena amostra de sangue, plasma ou soro. A grande vantagem é que o resultado desse exame fica pronto em no máximo 15 minutos.
Ecocardiograma – O ecocardiograma é um exame feito por cardiologistas veterinários, nesse exame conseguimos ver se existem larvas adultas no coração, e podemos ter uma visão do nível de infestação, o que vai guiar qual caminho do tratamento.
Além disso, exames de imagem, como radiografias e ultrassonografias, ajudam a avaliar o impacto da infestação no coração, pulmões e demais órgãos.
Tratamento da Dirofilariose no Brasil
O tratamento da dirofilariose é complexo e requer um acompanhamento veterinário rigoroso. No Brasil, o método mais comum é o “slow kill”, que utiliza um medicamento para matar as fases larvais ainda presentes na corrente sanguínea.
O principal desafio do tratamento é que, dependendo do estágio da doença, a eliminação das larvas adultas que já estão no coração pode causar uma congestão, levando o animal à morte. No tratamento “slow kill”, as larvas no coração morrem gradualmente, de forma que não são eliminadas todas de uma vez, o que ajuda a evitar a obstrução dos vasos sanguíneos cardíacos e previne embolias potencialmente fatais.
Durante o tratamento, o animal deve permanecer em repouso absoluto para minimizar o risco de complicações e seguir uma dieta equilibrada, para Além disso, o protocolo inclui o uso de antibióticos e, em alguns casos, anti-inflamatórios para aliviar outros sintomas secundários.
Prevenção: a melhor defesa contra o verme do coração
A prevenção é fundamental para proteger seu pet da dirofilariose. No Brasil, o uso do ProHeart, um medicamento injetável, é uma das formas mais eficazes. O ProHeart é administrado anualmente por um veterinário e pode oferecer proteção por até um ano. Esta medicação é uma excelente opção para tutores que buscam uma solução prática e eficaz.
Além do ProHeart, outros medicamentos preventivos estão disponíveis em comprimidos ou aplicações tópicas, que devem ser administrados mensalmente. O uso de repelentes de mosquitos também é recomendado, especialmente em áreas de alto risco. Manter a prevenção em dia é crucial, mesmo em regiões onde a dirofilariose não é comum, pois mosquitos infectados podem viajar longas distâncias.
A Dirofilariose é uma zoonose!
Embora seja raro, a dirofilariose pode afetar humanos. Quando um mosquito infectado pica uma pessoa, as larvas podem entrar na corrente sanguínea.
No entanto, ao contrário dos cães, os vermes não se desenvolvem completamente no corpo humano. Geralmente, ficam encapsulados em nódulos nos pulmões, sem causar sintomas graves e só sendo percebidos em exames de rotina. Portanto, o risco à saúde humana é baixo, e os casos são extremamente raros.
Conclusão
A falta de tratamento adequado para a dirofilariose pode resultar em consequências fatais. Com a prevenção correta, é possível proteger seu pet dessa ameaça.
Lembre-se, a dirofilariose é uma doença silenciosa, e geralmente quando os sintomas aparecem, o caso já está grave. Por isso a importancia de exames de rotina no seu animalzinho.
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