Os cães domésticos são expostos constantemente a riscos que podem afetar a sua integridade física. Um fator que é muito frequente de ocorrência em cães, principalmente os de companhia, é a queimadura. Essa lesão é classificada em diferentes graus de severidade, variando de acordo com o tempo de exposição ou a potência do agente agressor. As queimaduras são classificadas em 4 principais graus:
Queimadura de I grau: Nesse caso, a lesão se instala principalmente na epiderme, ou seja, na camada mais externa da pele. É causada normalmente por exposição exagerada do animal a radiação solar. Tem uma cicatrização bastante rápida comparada aos outros graus. Podemos classificá-la como uma queimadura simples.
Queimadura de II grau: É classificada como de segundo grau, a queimadura em que a lesão acomete não só a epiderme (camada mais externa da pele), e sim a derme também. Na maioria das vezes é encontrada em cães que entraram em contato com metais quentes, como panelas, latas e etc ou até mesmo a água fervente. É diferenciada, porque logo pode-se observar a formação de bolhas.
Queimadura de III grau: Essa queimadura já é classificada como grave. Nessa lesão, a pele é totalmente atingida e danificada, fazendo com que o animal sinta bastante dor. Os animais que entram em contato diretamente com o fogo ou produtos extremamente ácidos podem chegar a um quadro de III grau.
Queimadura de IV grau: Essa é classificada com a mais severa queimadura. É nessa lesão que a queimadura pode chegar até o osso do animal. Sendo uma das principais causas de amputação, a queimadura de IV grau tem sido mais vista em animais que são incendiados por vândalos ou expostos à descarga elétrica.
As causas, como já citado acima, podem ser originadas por inúmeros fatores. Desde de a exposição prolongada à radiação solar até mesmo o contato com produtos químicos. É importante que antes da ida ao médico veterinário ou à execução dos primeiros socorros, o tutor procure saber que causa originou aquela lesão no seu animal.
Em relação aos primeiros socorros de cães queimados, devemos ter em mente que as manobras a serem executadas não são o tratamento efetivo que o animal deve ter, e sim, a estabilização do quadro do animal até que ele chegue à clínica veterinária mais próxima.
Queimaduras de I e II graus: Nessas duas situações, o tutor deve se acalmar ao máximo antes de executar os procedimentos. O animal quando está exposto a fortes dores, normalmente reage a qualquer aproximação com agressividade. Cuidado, ele poderá mordê-lo! Aproxime-se do seu animal, aplique água limpa no local da lesão por pelo menos 5 minutos. Não esfregue e nem passe nenhum produto químico em cima. Em seguida, enrole o local da lesão com um pano limpo e siga imediatamente para a clínica mais próxima.
Queimaduras de III e IV graus: Como dito anteriormente nas classificações das lesões, as queimaduras de III e IV graus são extremamente graves e devem ter uma atenção mais redobrada. Em muitos casos, o tutor pode encontrar seu pet desacordado o totalmente prostrado. É importante que antes mesmo de atender aos ferimentos, o tutor observe os sinais vitais do animal, como: respiração, batimento cardíaco e reflexo palpebrar. Caso o animal esteja desacordado, o tutor pode puxar a língua, a fim de proporcionar uma melhor entrada de ar. A utilização de água limpa pode ser usada, assim como na de I e II graus. Em seguida, enrole o animal com um tecido limpo e leve-o a um profissional para iniciar o tratamento correto.
Não tente tratar o animal em casa passando remédios sem a opinião de um médico veterinário. Mantenha seu animal sempre longe de produtos e materiais nocivos. O cuidado correto previne de qualquer dano ao pet.
Por: George Augusto von Schmalz Portella de Macedo
Ocupação: Acadêmico de Medicina Veterinária
Contato: george_medvet@hotmail.com