A caudectomia (cirurgia para cortar o rabo de cães) para fins estéticos é um procedimento proibido no Brasil e em diversos lugares do mundo. Mas até chegarmos nesse patamar de proteção, muitos cachorros sofreram com essa prática.
Ao longo da história, alguns motivos diferentes foram surgindo para cortar a cauda dos cães.
O primeiro registro da caudectomia surgiu na Roma Antiga, porque os pastores romanos acreditavam que retirar uma parte do rabo do cachorro em seu quadragésimo dia de vida prevenia a raiva.
Depois os caçadores começaram a realizar esse procedimento com a justificativa de prevenir ferimentos. Essa teoria ainda é utilizada nos dias atuais em cães de trabalho em algumas partes do mundo.
A explicação para isso é que se um cão de guarda tiver um rabo grande se tornaria mais fácil para outro cachorro ou pessoa machuca-lo puxando ou atacando essa região.
Ou seja, cortam o rabo do cachorro para evitar que ele se machuque. Algo que não faz muito sentido.
E temos a questão estética, que é a causa mais comum da realização da caudectomia nos cães atualmente. Com o objetivo de deixar o cachorro “mais bonito” muitos criadores cortam o rabo de seus filhotes, principalmente de raças como Doberman, Boxer, Cocker Spaniel, Rottweiler, Poodle, Pinscher e Pit Bull.
Desde 2013, no Brasil só é permitida a amputação da cauda dos cães em casos de ferimentos irreversíveis e tumores.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) também proíbe a conchectomia (cirurgia para o corte de orelha), cordectomia (corte nas cordas vocais) e, nos gatos, a onicectomia (remoção das unhas).