Não tinha somente um cachorro nessa história do cão de Pavlov, mas diversos. Isso porque se tratava de uma experiência cientifica com animais. Inicialmente, o contexto parecia até banal. Um médico russo, Ivan Pavlov trabalhou cachorros para que ficassem com água na boca sem comida por perto. Os testes foram feitos no começo do século 20.
Ocorria da seguinte maneira: quando os animais eram alimentados, ele tocava um sinal. Com o passar do tempo, os bichos começaram a vincular a sineta com as refeições. E chegavam a babar famintos apenas ao escutar o sino, mesmo com o prato vazio.
Muita gente pode recordar que ensinou truques similares aos seus mascotes. Só que a experiência contava com um objetivo bem mais nobre do adestrar os animais de quatro patas. O intuito do médico russo foi chegar a uma novidade cientifica: os reflexos condicionados.
O “conceito” de cão de Pavlov
Afinal, os seres vivos já nascem com determinados reflexos. Ou seja, são programados para demonstrar algumas reações a frente de certas ocasiões. O que o russo compreendeu é que esses reflexos podem ser construídos do zero, sem uma razão concreta para que entrem em ação.
Por exemplo, o filme Tubarão. Mesmo antiga, essa produção é uma excelente exemplo do conceito pavloviano. Sempre se escutou a mesma música de fundo indicando suspense antes de um algum ataque do tubarão. Em um determinado ponto do filme, as notas musicais já colocam medo no público. Isso tudo sem a necessidade de mostrar o tubarão na tela.
De acordo com pesquisadores da Universidade do Sul do Arkansas, nos EUA, as pessoas reagem como o cão de Pavlov. Isso quer dizer que ficam tensos ao escutar a trilha quando notam, no filme, que indica morte.
Descobertas
No fim das contas, o pesquisador concluiu que essa modalidade de condicionamento pode ser a base comportamental humana. E de diversos problemas apresentados pela mente humana. De acordo com o médico russo, os psicóticos tendem a sofrer muito mais do que as pessoas comuns em função desse condicionamento.
Por alguma razão, eles notariam qualquer estimulo externo, até um simples “bom dia”, como uma possível agressão. Os estudos ainda alcançaram conclusões bem distantes das propostas iniciais. A própria publicidade utiliza essas pesquisas a seu favor.
Por exemplo, quando um comercial procura ligar a sensação de liberdade com a imagem de uma marca de cerveja. Ou a ideia de alegria com uma rede de fast food. No fundo de tudo, o conceito do russo estão lá. Ou seja, como o cão de Pavlov, as pessoas também podem ser condicionadas a desejar algo.
Quer se divertir com esse conceito cientifico? O seriado The Office fez uma experiência similar em um dos seus episódios com o personagem Dwight. Confira tudo no vídeo a seguir:
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