Um cachorro que late não morde é um ditado popular que, de maneira geral, descreve as ações de um cão com base no seu latido. Quanto mais ele latir, menos ele vai morder ou ter tendência a isso.
No entanto, será que isso é verdade mesmo ou será que é mito? Um cão que late muito é realmente um cão que não vai morder?
Neste artigo, o Portal do Dog vai te ajudar a entender mais sobre o assunto. Continue lendo!
Cão latindo – Foto: Freepik
Cachorro que late não morde? Mito ou verdade?
Mito. Afinal, esse é apenas um ditado popular que diz respeito as atitudes de um cachorro que late demais como forma de marcar presença.
Geralmente, esse ditado é atribuído aos cães de pequeno porte ou mesmo aqueles que parecem inofensivos de maneira geral. Afinal, se estão latindo tanto, é sinal de que é sua única “arma”.
No entanto, não é bem por aí. Afinal, todos os cães podem morder em situações de risco, perigo, medo ou defesa de território.
A questão é que alguns cães podem morder mais forte e outros menos forte. E no caso dos cães que latem demais, que geralmente são de pequeno porte, alguns tutores acreditam que eles não vão morder ou são “fracos”.
Os latidos correspondem a vocalização do cachorro. Isto é, a forma que o cão tem para se comunicar com seus tutores e outros cães.
Assim sendo, os latidos podem indicar perigo, medo, desconfiança e até mesmo teimosia. Portanto, é preciso entender os comportamentos do cão para “julgar” corretamente.
Desta forma, o ditado “cachorro que late não morde” não necessariamente reflete a verdade, já que é apenas uma expressão popular.
O que faz um cachorro latir no dia a dia
Cachorro que late não morde é apenas um ditado popular para expressar que, os cães maiores, mais fortes e imponentes, não latem tanto – e podem morder em situações de risco.
No entanto, mesmo os cães de pequeno porte ou aqueles que latem demais, estão sujeitos a morder. Afinal, morder não é apenas uma condição de cães de grande porte ou de eventual defesa do território.
Além disso, todos os cães podem latir. Alguns mais, outros menos. A vocalização significa que algo está errado ou diferente no território. Além disso, pode simbolizar alegria em algumas situações.
Abaixo, entenda mais sobre o que faz um cachorro latir no dia a dia:
- Estímulos negativos.
- Falta de socialização.
- Falta de adestramento.
- Rotina desequilibrada.
- Pouco gasto de energia.
- Sem enriquecimento ambiental.
- Medo e desconfiança.
A seguir, entenda mais sobre o tema.
Cão com a língua de fora – Foto: Freepik
Estímulos negativos
Os estímulos negativos de um cão são inúmeros. Afinal, qualquer coisa que deixa ele estressado, com medo ou agitado, pode ser algo negativo – quando não feito de forma controlada.
Desta maneira, esse é um dos motivos pelos quais um cachorro vai latir muito – e mesmo assim pode morder. Afinal, ele está incomodado com alguma coisa.
Outras pessoas, outros cães, outros cheiros e ruídos no ambiente, podem deixar o cachorro agitado e latindo bastante.
Enquanto o cão não se acostumar com aquelas situações e condições, ele pode facilmente ter estímulos negativos e latir incessantemente.
Veja também como acalmar cães latindo.
Falta de socialização
Se o seu cachorro é muito intimidado na rotina ou mesmo não tem paciência com outras pessoas e outros cães, ele pode latir bastante. E como defesa, pode até mesmo morder o tutor ou outros cães.
Por isso, é muito importante considerar a socialização do dog o quanto antes. Afinal, a socialização é importante para garantir que o cão entenda que ele não é o centro das atenções.
Assim sendo, um cão não socializado pode facilmente ficar na janela latindo horas e horas para o absoluto nada. E se ele for incomodado, pode reagir com mordidas.
Afinal, ele está em um nível de estresse alto, já que pra ele, há necessidade de proteger o território a todo custo.
Veja dicas de como socializar filhotes de cachorro.
Falta de adestramento
Um cão adestrado é muito mais tranquilo e equilibrado do que um cão não adestrado. Afinal, o adestramento faz parte e ajuda a desenvolver o cachorro de maneira saudável.
Por isso, a falta de adestramento pode deixar o cachorro latindo demais, por horas, sem saber exatamente o motivo daquilo. Afinal, ele não tem rotina, equilíbrio e muito menos limites.
Nesse caso, o cachorro pode latir bastante para situações aleatórias, como o vizinho chegando em casa na porta da frente do seu apartamento.
E se você interagir com o dog ou mesmo tocar nele, ele pode ter uma reação de defesa e morder. Afinal, ele está em uma situação de estresse. Assim sendo, cachorro que late não morde passa apenas a ser um ditado.
Com adestramento, o cachorro sabe que seu tutor é responsável por controlar as situações – e o dog ainda ganha petiscos por isso.
Cachorro roeu o papel higiênico – Foto: Freepik
Rotina desequilibrada
A rotina é um fator decisivo para garantir que o cachorro vai latir mais ou vai latir menos. Afinal, é a partir da rotina desequilibrada, que ocorrem muitos estímulos para latidos incessantes.
Portanto, é fundamental que você crie uma rotina adequada, saudável e com muitas alternativas de gasto de energia física e mental para o seu dog.
Afinal, se o cachorro não tiver uma rotina equilibrada, ele vai sentir medo, angústia, ansiedade, tristeza, euforia e vários sentimentos de maneira desproporcional.
Em resumo, ele pode facilmente se tornar um cão agressivo, latir bastante e ainda morder quando sentir que o tutor está perto demais.
Cães precisam de rotina. Eles precisam saber o que vai acontecer “depois” ou “em seguida”. Sem isso, eles vivem de maneira aleatória, o que é péssimo.
Veja: Como criar uma boa rotina para o cachorro e qual a importância dela.
Pouco gasto de energia
Gastar energia é fundamental para os cães. Sem gasto de energia, é muito fácil que ocorram situações que deixem o cão frustrado, triste e bagunceiro.
Isto é, os cães que não gastam energia de maneira regular, podem se tornar cães destruidores, bravos, podem latir e morder.
Mas se eles gastarem energia de maneira adequada, todos os dias, e com estímulos positivos, essas reações adversas diminuem e eles se tornam cães mais tranquilos.
Portanto, passear, enriquecer o ambiente, levar o cão para correr, sentir cheiros por aí e outras questões, ajudam demais a deixar o cão mais tranquilo.
Sem enriquecimento ambiental
O enriquecimento ambiental é fundamental para os cachorros. Sem enriquecimento ambiental, o cachorro pode ter estímulos ruins e latir bastante dentro de casa.
Nesse caso, o cão pode ter sensações de frustração, que podem gerar mordidas em momentos de ansiedade e medo.
Portanto, crie situações de enriquecimento ambiental para o seu cão. Não abra mão de deixá-lo a vontade dentro de casa, com brinquedos e aventuras.
O tapete para enriquecimento ambiental, por exemplo, é uma ótima alternativa.
Cão com a língua de fora – Foto: Freepik
Medo e desconfiança
E por fim, o medo e a desconfiança são situações que podem (e vão) gerar mordidas se o cão estiver muito inclinado a isso. Afinal, quando o cão sente medo, ele precisa se proteger. E quando ele sente desconfiança, também.
Desta forma, garanta que o seu cão esteja seguro no recinto. Estimule ele a novos ares, novas pessoas e animais. Além disso, ele precisa conhecer ruídos e cheiros diferentes.
Tudo isso faz parte de uma rotina equilibrada e saudável, que garante o cão menos medroso e desconfiado.
Afinal, em situações de desconfiança e medo, ele pode latir – e morder. Portanto, cachorro que late não morde é apenas um ditado popular que não tem relação direta com a realidade.
Quando o cachorro vai morder
O cachorro pode morder em muitas situações diferentes. Inclusive, quando ele está latindo. Afinal, você já sabe que cão que late, morde sim.
Veja abaixo algumas situações que são de estresse e risco para o cão – e podem levar a mordidas:
- Encurralado.
- Perseguição.
- Proteção.
- Desconfiança.
Encurralado
Quando um cão está encurralado, ele pode se sentir desconfiado por uma série de razões. Afinal, ele sente medo e precisa se defender.
Portanto, se ele estiver latindo muito e você tenta pegá-lo para levá-lo a outro lugar, ele pode se sentir encurralado – e vai morder.
Perseguição
A perseguição é também um fator que pode levar o cachorro a morder. Afinal, se ele está perseguindo algo, ele sabe que precisa morder para pegar esse “algo”.
Portanto, fazer o cachorro correr atrás de você ou mesmo se ele estiver correndo e você for atrás dele, saiba que essa situação pode gerar mordidas.
Proteção
A proteção do território é um fator decisivo para o cão morder. Além disso, ele também pode estar protegendo a sua comida – e isso é algo “sagrado” para os cães.
Portanto, se o cão estiver comendo e você interagir com ele, saiba que ele pode morder. Geralmente, ele vai rosnar como uma forma de aviso – e depois ele vai morder.
Afinal, comida tem a ver com sobrevivência, que tem a ver com instinto de proteção.
Desconfiança
Um cão desconfiado também pode morder. Isto é, se ele estiver desconfiado de alguma situação ou mesmo não estiver seguro de si, o cão pode morder.
Pegá-lo de mal jeito, encostar em uma região sensível ou situações semelhantes a essas, podem gerar desconforto e desconfiança. Como forma de defesa, o cão pode latir e morder.
Como criar um ambiente saudável para o cachorro
Criar um ambiente saudável para o cachorro é importantíssimo. Do ponto de vista físico e mental, o cão precisa se sentir bem para não ter estímulos negativos.
Assim sendo, veja alguns detalhes que fazem toda a diferença para um cão viver tranquilo:
- Estímulos positivos.
- Limites.
- Comandos básicos.
- Adestramento.
Estímulos positivos
Estimular positivamente o seu cão é muito importante. Isto é, criar situações que deixem o cão seguro de si e do ambiente, sem deixá-lo apavorado.
Leve-o para passear, farejar, conhecer o ambiente, socializar, entre outras coisas.
Limites
Impor limites, desde a fase filhote, é importantíssimo. Afinal, é isso que fará o cão entender o que ele pode e o que ele não pode.
Ao impor limites, principalmente com reforço positivo, o cão tende a repetir somente o que lhe convém – para ganhar petiscos ou mimos.
Comandos básicos
Ensinar comandos básicos ajuda muito a controlar diversas situações com o seu cachorro. Por exemplo, ensiná-lo o comando “senta” ou “fica”, ajuda em situações que o cão precisa de limites.
Ao respeitar o comando, sempre reforce positivamente a situação, com um petisco ou mimo. Isso faz o cachorro continuar entendendo os comandos básicos.
Inclusive, veja este artigo: Comandos básicos para cachorro: Quais são eles?
Adestramento
E por fim, lembre-se do adestramento: ele é fundamental para garantir um ambiente saudável para o cão, pois o cão aprende a viver de maneira tranquila no recinto.
Cuide do seu dog!
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