A anestesia em cães, especialmente nos idosos, é um tema cercado por dúvidas e mitos. Por isso, muitos tutores acreditam que a idade avançada impede que seus cães sejam submetidos a cirurgias, devido aos supostos riscos elevados da anestesia. No entanto, essa é uma ideia equivocada.
Com o avanço da medicina veterinária, a anestesia em cães, mesmo os idosos, se tornou um procedimento muito mais seguro e controlado. Logo, se o veterinário recomenda a cirurgia, é porque os benefícios superam os possíveis riscos.
Entenda sobre anestesia em cães
A segurança da anestesia em cães
Toda cirurgia, independentemente da sua complexidade, envolve riscos. Isso inclui tanto os procedimentos mais simples quanto os de maior porte. No entanto, o que muitos tutores de cães idosos desconhecem é que a ciência por trás da anestesia evoluiu bastante nos últimos anos. Hoje, a anestesia em cães, incluindo os mais velhos, é cuidadosamente planejada e personalizada de acordo com as necessidades de cada animal. A tecnologia moderna permite que os profissionais monitorem continuamente as funções vitais do cão durante todo o procedimento, garantindo sua segurança.
Antes da cirurgia, o veterinário realiza uma avaliação criteriosa do estado de saúde do cão. Exames pré-operatórios são fundamentais para garantir que o animal esteja em condições de passar pela cirurgia de forma segura. Esses exames permitem identificar possíveis problemas que possam representar riscos durante o procedimento anestésico, além de ajudar o veterinário a ajustar o protocolo de anestesia de acordo com as necessidades específicas do paciente. Com os avanços nas técnicas anestésicas, é possível realizar procedimentos com mais segurança, mesmo em cães idosos com condições de saúde pré-existentes.
Exames pré-operatórios: fundamentais para o sucesso
A realização de exames pré-operatórios é uma das etapas mais importantes antes de qualquer cirurgia, especialmente em cães idosos. Esses exames ajudam a identificar possíveis condições de saúde que o animal possa ter, como problemas cardíacos, renais ou respiratórios, que podem influenciar diretamente no risco anestésico. Se houver alguma alteração significativa, a equipe veterinária pode estabilizar o cão antes do procedimento, garantindo uma cirurgia mais segura e controlada.
Entre os exames mais comuns estão:
- Hemograma: avalia o estado geral do sangue, verificando se há sinais de infecção, anemia ou outras alterações que possam interferir na cirurgia.
- Bioquímica sanguínea: analisa o funcionamento de órgãos vitais, como fígado e rins, para garantir que o corpo do cão possa processar a anestesia adequadamente.
- Raio-X: fornece uma visão clara das estruturas ósseas e pulmonares, importante para detectar problemas respiratórios ou alterações no coração.
- Ultrassonografia: permite visualizar órgãos internos, como o fígado e os rins, e verificar se há algum comprometimento que precise de atenção especial.
- Eletrocardiograma (ECG): avalia a atividade elétrica do coração, importante para detectar arritmias ou outras anomalias cardíacas que podem interferir na anestesia.
- Ecocardiograma: um exame que utiliza ultrassom para avaliar o funcionamento e a estrutura do coração, sendo essencial para verificar a saúde cardíaca de cães idosos ou com histórico de doenças cardíacas.
Com base nesses resultados, o anestesista pode ajustar o protocolo anestésico e o cirurgião pode planejar a melhor abordagem para o procedimento, minimizando os riscos e aumentando a segurança durante toda a cirurgia.
Tipos de anestesia em cães idosos
Existem diferentes tipos de anestesia que podem ser utilizados em cães, e a escolha do método mais adequado depende de diversos fatores. A avaliação criteriosa do veterinário leva em conta o tipo de cirurgia, o estado de saúde do animal e os resultados dos exames pré-operatórios. A anestesia pode ser geral, local ou regional, sendo feita via inalatória ou por acesso venoso, e cada uma oferece um nível específico de controle sobre a dor e a consciência do animal.
- Anestesia geral: utilizada em cirurgias mais complexas, mantém o cão totalmente inconsciente e sem dor durante o procedimento.
- Anestesia local: aplicada em uma área restrita do corpo, adequada para procedimentos menores, como a extração de dentes ou pequenas suturas, geralmente associada com uma sedação.
- Anestesia regional: bloqueia a dor em uma área maior, como um membro, mas sem deixar o animal totalmente inconsciente, também associado a sedação.
Nos cães idosos, a tendência é optar por protocolos anestésicos mais leves e controlados, que ofereçam uma recuperação mais rápida e suave, sem comprometer a segurança. Durante o procedimento, o veterinário monitora constantemente os sinais vitais do animal, como frequência cardíaca, respiração e oxigenação, ajustando a anestesia conforme necessário para garantir que o cão permaneça estável e confortável.
Desmistificando os riscos da anestesia em cães idosos
Para muitos tutores, pensar na cirurgia em cães idosos pode ser assustador, é compreensível que muitos se sintam apreensivos ao pensar em submeter seus cães idosos a isso, principalmente por causa dos riscos associados à anestesia.
Uma boa forma de desmistificar esse medo é fazer uma analogia com a medicina humana. Imagine que um parente idoso, como seu avô ou avó, precise de uma cirurgia por ter quebrado uma perna. Você recusaria o procedimento por causa da idade? Provavelmente não. Da mesma forma, quando um cão idoso precisa de uma cirurgia para corrigir um problema de saúde que afeta sua qualidade de vida, o procedimento se torna necessário, mesmo que a anestesia esteja envolvida.
A importância de escolher uma boa equipe e um local seguro
Para garantir a segurança e o sucesso da cirurgia, é fundamental escolher uma clínica veterinária que siga todos os protocolos de segurança e que conte com profissionais experientes. A equipe deve ser composta por veterinários que estejam atualizados com as práticas mais recentes da medicina veterinária, especialmente no que diz respeito ao manejo anestésico de cães idosos.
O local onde a cirurgia será realizada também deve estar equipado com os aparelhos necessários para monitorar o estado do animal durante todo o procedimento. O monitoramento constante de parâmetros como a pressão arterial, a oxigenação do sangue e a frequência cardíaca é essencial para garantir que qualquer alteração seja detectada imediatamente e tratada com rapidez.
Conclusão
A anestesia em cães, mesmo nos idosos, é um procedimento seguro quando realizado de forma planejada e cuidadosa.
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