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Síndrome do Braquicefálico: 5 Raças de Cães que Sofrem

A síndrome do braquicefálico é uma condição que afeta várias raças de cães com focinhos curtos. Essas raças, que originalmente tinham focinhos mais longos, sofreram modificações ao longo do tempo. A popularidade de cães com narizes curtos tornou essa característica desejada, resultando em uma série de problemas de saúde. Neste artigo, vamos explorar cinco raças que sofrem com essa síndrome e como isso impacta suas vidas, além de discutir os tratamentos disponíveis.

O que é a Síndrome do Braquicefálico?

A síndrome do braquicefálico é um conjunto de sintomas que afetam a estrutura respiratória dos cães dificultando a respiração. Os cães braquicefálicos apresentam narinas estreitas e palato mole alongado , e isso é o que dificulta a respiração. Essas características são frequentemente o resultado de uma seleção artificial que priorizou a aparência em detrimento da saúde.

5 Raças Aflitas pela Síndrome do Braquicefálico

1. Shih Tzu

Os Shih Tzus são conhecidos por suas expressões adoráveis e focinhos curtos. No entanto, essa beleza vem com desafios. A síndrome do braquicefálico pode causar dificuldades respiratórias, especialmente em climas quentes. Cães dessa raça podem apresentar respiração ruidosa, intolerância ao exercício e dificuldade para regular a temperatura corporal. Além disso, o sobrepeso pode agravar os sintomas da síndrome, tornando essencial o controle da dieta e a prática de atividades físicas moderadas.

Shih Tzu com roupinha laranja
Shih Tzu em pose fofa para a foto. Foto: Pexels

2. Buldogue Inglês

O Buldogue Inglês é um dos exemplos mais icônicos da síndrome do braquicefálico. Eles têm um rosto achatado e um corpo robusto. Embora sejam conhecidos por sua personalidade amigável, essa raça pode sofrer de problemas graves de respiração. O Buldogue Inglês frequentemente apresenta apneia do sono, colapsos da traqueia e dificuldades em atividades físicas, o que pode impactar sua qualidade de vida. O clima quente ou úmido pode ser extremamente prejudicial para eles, sendo necessário cuidado redobrado em dias de calor intenso.

Buldogue Inglês em uma área externa com gramado com uma bola ao lado
Buldogue Inglês brincando com bola. Foto: Pexels

3. Buldogue Francês

Assim como o Buldogue Inglês, o Buldogue Francês possui características que o tornam vulnerável à síndrome do braquicefálico. Sua respiração pode ser barulhenta, e eles podem ficar ofegantes mesmo com pouca atividade. Esses cães também são propensos a problemas oculares, como úlceras de córnea, que podem ser agravados pela estrutura facial. Esses problemas podem afetar o conforto e a mobilidade do animal, especialmente em condições climáticas desfavoráveis.

Buldogue Francês deitado olhando atento para a câmera
Buldogue Francês com olhar atento. Foto: Pexels

4. Lhasa Apso

Os Lhasa Apsos são cães pequenos e adoráveis, mas também podem ser afetados pela síndrome do braquicefálico. Embora suas características faciais sejam encantadoras, a estrutura do focinho pode causar problemas respiratórios. Essa raça pode ter dificuldade em respirar durante exercícios, e, em casos mais graves, pode precisar de cirurgia para corrigir anomalias. É importante monitorar sinais como cansaço excessivo ou respiração ofegante após atividades físicas.

Cães da raça Lhasa Apso passeando em uma estradinha de terra
Lhasa Apso feliz andando em uma estrada. Foto: Pexels

5. Pug

Os Pugs são extremamente populares, mas não estão isentos de problemas de saúde relacionados à síndrome do braquicefálico. Eles são conhecidos por sua natureza brincalhona e adorável, mas sua respiração pode ser comprometida. A síndrome do braquicefálico em Pugs pode levar a dificuldades em exercícios e a um risco aumentado de superaquecimento. Esses cães precisam de cuidados especiais em ambientes quentes, com atenção para evitar estresse térmico.

Cão da raça Pug com semblantes feliz e com a língua de fora
Um Pug, raça com alta incidência de síndrome do braquicefálico. Imagem: Freepik

Tratamentos para a Síndrome do Braquicefálico

Felizmente, com o avanço da medicina veterinária, já existem diversas opções de tratamento para aliviar os sintomas da síndrome do braquicefálico. Os tratamentos podem ser divididos em manejo clínico e cirúrgico, dependendo da gravidade do caso e das necessidades específicas do cão.

Manejo Clínico

O manejo clínico da síndrome do braquicefálico envolve medidas para melhorar a qualidade de vida do animal sem recorrer à cirurgia. Essas medidas incluem manter o cão em um ambiente fresco e bem ventilado, evitar exercícios físicos intensos, especialmente em dias quentes, e garantir que o cão mantenha um peso saudável.

Outro aspecto importante do manejo é evitar o estresse, já que situações estressantes podem agravar os problemas respiratórios. Os tutores também podem utilizar medicamentos prescritos pelo veterinário para reduzir a inflamação das vias respiratórias ou melhorar a respiração em situações críticas. Em alguns casos, oxigenoterapia pode ser recomendada em situações de emergência, como em casos de colapso respiratório.

Tratamento Cirúrgico

Em outros casos, pode-se optar pelo tratamento cirúrgico para corrigir as anomalias que comprometem a respiração dos cães braquicefálicos. As cirurgias mais comuns incluem a correção das narinas estreitas (estenose nasal) e a remoção de parte do palato mole alongado . Esses procedimentos ajudam a melhorar o fluxo de ar, permitindo que o cão respire com mais facilidade.

Impacto da Síndrome na Vida dos Cães

A síndrome do braquicefálico não afeta apenas a respiração; ela também pode impactar outros aspectos da saúde dos cães. Por exemplo, cães com dificuldades respiratórias podem não se exercitar adequadamente, levando à obesidade e problemas associados. Além disso, a ansiedade e o estresse podem aumentar em cães que têm dificuldade em respirar, o que pode causar impactos negativos na saúde mental e física do animal.

Os tutores devem estar cientes dos sinais de desconforto, como respiração ruidosa, dificuldade para dormir e falta de energia. É fundamental consultar um veterinário ao notar qualquer sintoma relacionado à síndrome do braquicefálico para que o animal receba o tratamento adequado e tenha uma vida mais confortável.

Conclusão

A síndrome do braquicefálico é uma condição séria que afeta várias raças de cães com focinhos curtos. O aumento da popularidade dessas raças, com suas características faciais achatadas, levou ao desenvolvimento de uma série de problemas respiratórios. Raças como o Shih Tzu, Buldogue Inglês, Buldogue Francês, Lhasa Apso e Pug são especialmente vulneráveis.

Apesar dos desafios que essa condição traz, os avanços na medicina veterinária oferecem esperança para esses cães. Com o manejo adequado e, em alguns casos, cirurgias corretivas, muitos cães podem ter uma vida melhor e mais confortável. A conscientização sobre a síndrome do braquicefálico e seus tratamentos é crucial para garantir o bem-estar dos cães afetados.

O post Síndrome do Braquicefálico: 5 Raças de Cães que Sofrem apareceu primeiro em Portal do Dog - Para quem ama cachorros!.

Data: 
10 de Outubro de 2024

Autor

Autor: 
Letícia
Classifique: 
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