Edu Leporo

Hulk é um filhote de aproximadamente 4 meses que viver na Praça da Republica no centro de São Paulo.

Em uma noite o morador de rua, Saulo, cuidava dos veículos estacionados na Avenida São Luis, quando um outro morador apareceu com o filhote doente e machucado!

Saulo deu o que tinha no bolso pelo cão! De lá pra cá dividem com sua esposa, grávida de 08 meses, um minusculo barraco na esquina da Praça da Republica, com a Rua 7 de Abril, bem ali na calçada.

Seu Kiko adotou o cão Jamaica, hoje com um ano e sete meses, quando ele ainda estava na barriga da mãe! Viu passar a cadela prenha e falou pra dona, que desejava ter um filhote!

Pronto, estava celada uma verdadeira amizade e companheirismo! Os dois, que vivem da coleta de recicláveis, a bordo de uma Kombi amarela, circulavam pelas ruas do Campo Belo. Foi quando a Kombi sofreu uma pane elétrica e parou de andar! Hoje ela não sai mais do cruzamento da Avenida Santo Amaro com Vieira de Morais.

Olá amigos do Portal do Dog! Em mais uma empreitada fotográfica, na busca de uma nova e emocionante história de amor e companheirismo para a nossa série “Moradores de rua e seus cães”, apanhei…

Bom, vamos contar desde o início.

Me contaram que na Avenida Paulista, no vão livre do Masp, mora um Hippie chamado Piauí, com um cãozinho muito bem cuidado! Fui lá pra conferir e tentar trazer mais essa história para vocês.

Gilberto, me contou que foi ritmista da Escola de Samba Vai-Vai, e por voltas na sua vida, que por hora não quer entrar nos detalhes, passou a morar na Avenida Paulista, na calçada do Parque Trianon.

Quando ainda morava no Bixiga, tinha uma cadelinha que precisou doar. Nunca mais se esqueceu dela, foi quando chegou a notícia que ela havia parido uma ninhada!

Gilberto, se prontificou a adotar dois irmãos, Messias e Gildo.

Encontrei duas estrelas no Vão Livre do MASP, Elis e Madonna!

Ricardo mora ali há um ano, isso depois de problemas na partilha de uma herança, acabou sem ter onde morar!

Passou a frequentar uma praça, próximo a estação Conceição do Metrô. E foi ali que sua amizade com Elis começou…

Um dia Elis, que até então, se chamava Polly, fugiu de seu dono e se juntou ao Ricardo nesta praça. Ficaram ali por uma noite quando pela manhã seu dono a encontrou.

Neste sábado sai por ai, sem muito que fazer, mas com minha inseparável Nega! Minha câmera fotográfica. Fui pros lados da Avenida Paulista, a gente sabe que lá sempre acontece alguma coisa interessante pra registrar.

Vi muita coisa neste dia, o Elvis da Paulista, aquele que se veste a caráter, mas canta forró. É hilário!

Conheci Maurício Sotelo, um saxofonista que fica ali junto da saída do metro Trianon.

Em um sábado desses, saímos pela Avenida Paulista, fotografando. Mas não foram as luzes nem o cenário da mais paulista das avenidas que atraiu nossa atenção.

Na esquina escura da Paulista com a Bela Cintra e, pra variar, debaixo de uma fina garoa, encontramos um morador de rua. No seu colo, com uma preguiça danada, Negão! Um Pit Bull manhoso e dócil que só quer saber de colo.

Jogado na rua pelo seu antigo dono e adotado há três meses pelo Sr. Antonio os dois vivem por ali pedindo um trocado e ganhando carinho!

Há muitas vidas, humanas e caninas, que vivem em situações extremamente desafiadores nas ruas de todo mundo, e mesmo com as dificuldades, conseguem encontrar entre si a força necessária para seguir em frente.

É com o intuito de contar essas histórias, tantas vezes invisíveis aos olhos dos transeuntes, que o Portal do Dog em parceria com o fotógrafo Edu Leporo, está lançando a série “Moradores de rua e seus cães“, que vai contar histórias incríveis de pessoas e cães inspiradores nas ruas do Brasil.

Algumas das melhores ideias surgem de momentos do cotidiano, uma epifania, que nos permite enxergar com outros olhos uma possibilidade bacana ainda não trabalhada.

Agraciado com um desses instantes, o fotógrafo profissional especializado em pets, Edu Leporo, ao levar seu cachorro ao Pet Shop, quem ele se refere carinhosamente como “velhinho” (o garoto canino já tem 14 anos), ele notou que a primeira coisa que os tutores faziam ao pegar seus cães limpinhos e trajando lacinhos e gravatinhas era sacar seus celulares e registrar aquele momento.