Remanescente da gestão anterior do ex-presidente chileno Sebastián Piñera, o projeto que modifica a Lei de Caça de Animais (decreto Supremo 65) foi aprovado agora no fim de janeiro de 2015, permitindo a caça de cães em zonas rurais durante todo o ano.
A nova regulamentação especifica que os cães, independente da raça ou idade, poderão ser exterminados, por qualquer um que possuir licença de caça, basta que estejam em zonas a 400 metros de distância do perímetro urbano.
Como a lei possui brechas, os cães que vivem nas cidades poderão ser transportados para a zona rural para serem sacrificados de maneira legal.
A justificativa defendida para tamanha crueldade aponta os cães como danosos ao ecossistema e às atividades econômicas locais.
Naturalmente, a mudança conta com o apoio dos pecuaristas do país, que alegaram que os cães famintos estavam atacando o gado.
Ou seja, aparentemente, junta o últil ao agradável para o governo chileno, que não é particularmente conhecido por adotar políticas públicas que auxiliem os animais locais. Ele cede à pressão do setor rural, agrada um pequeno grupo de poderosos, e ainda “resolve o problema”, legalizando a caça e extermínio de cães.
A medida chocante tem revoltado grupos de proteção animal locais e enfurecido amantes de animais em todo o mundo, que não se conformam com o destino dos cachorros em solo chileno e com os interesses obtusos e gananciosos por trás dessa mudança.
Mais um protesto contra a medida aconteceu no dia 6 de fevereiro na cidade de Santiago, no qual ativistas se reuníram e demonstraram sua indignação pacificamente nas ruas da cidade. Um próximo protesto, ainda maior está marcado para o dia 3 de março, em Valparaiso.
Várias ONGs locais está unidas na camapnha #noalacazadeperrosenchile. Acesse o site e fique sabendo mais sobre essa realidade.