O espirro, ou também conhecido como esternutação, é um sinal clínico que o animal pode ser encontrado em várias doenças caninas, mas antes do tutor duvidar de algo mais grave, ele deve saber que isso pode ser bastante comum e não ter ligação nenhuma com enfermidades. Quando um cão começa a espirrar, várias vezes durante o dia, o tutor deverá levar o pet para um médico veterinário. O espirro é nada mais nada menos que a expulsão de ar carregada com várias gotículas, sendo uma das maiores formas de transmissão de doenças.
As causas para o aparecimento de espirros em cães são muitas, por isso são definidas como multifatoriais. Na maioria dos casos que dão entrada nas clínicas veterinárias é de origem alérgica, principalmente em cães que vivem perto de plantações e/ou na área externa da casa. O pólen é um grande vilão para os pets, pois causa bastante irritação nasal, e consequentemente séries repetidas de espirros. Os cães possuem as narinas muito sensíveis, por isso deve ser evitado o contato deles com produtos químicos e alérgicos, tais como: Fungos, poeira, plantas, produtos de limpeza e etc.
Existem outros fatores que podem causar os espirros nos cães, porém são bem mais perigosos e merecem bastante atenção. O cão pode ser infectado com doenças virais que acometem o sistema respiratório, e com isso aparecem sinais clínicos, como por exemplo, o corrimento nasal e/ou espirros. Algumas doenças clássicas com esses sintomas são: Tosse dos Canis, Cinomose, Parvovirose ou a Erlichiose (doença do carrapato) que é uma doença bacteriana.
Não necessariamente o espirro vem como a principal sintomatologia presente no animal. Em muitos casos, o cão apresenta vários outros sinais clínicos que podem ajudar o médico veterinário a descartar certas patologias. Um animal que esteja espirrando pode apresentar os seguintes sintomas: Febre alta; Letargia; Perda de peso significante; Prostração; Anorexia ou Inapetência; Conjuntivite, dentre vários outros sinais.
O diagnóstico é feito começando por uma boa anamnese, onde o médico veterinário irá perguntar sobre o histórico do animal, como por exemplo se o animal é vacinado ou não, há quanto tempo apresenta esse quadro, dentre várias outras perguntas. Em seguida é feito o exame clínico, onde se observará de perto os sinais clínicos que o animal estiver apresentando naquele momento, e normalmente o profissional pede exames laboratoriais para ajudar a fechar o diagnóstico da maneira mais precisa possível.
O tratamento deve ser feito unicamente por um médico veterinário. Depois do diagnóstico fechado e a causa descoberta, é iniciado o tratamento com terapia medicamentosa, e se necessário, internação. Muitos tutores levam seus cães para o pet shop e se consultam com os atendentes. Essa prática é totalmente errada e pode custar a vida do animal.
A prevenção para essas doenças virais consiste na vacinação anual do pet. A consulta com um médico veterinário devidamente registrado faz com que seu animal tenha uma boa qualidade de vida e um ótimo acompanhamento de saúde.
Por: George Augusto von Schmalz Portella de Macedo
Ocupação: Acadêmico de Medicina Veterinária
Contato: george_medvet@hotmail.com