O problema acontece quando a cabeça do fêmur não se encaixa adequadamente no acetábulo do quadril.
Com o encaixe problemático, a movimentação do animal é prejudicada e, com o agravamento da condição, a mobilidade é consideravelmente reduzida.
Obviamente, isso tende a afetar em muito também a qualidade de vida do animal de maneira geral, pois as dores atrapalham até as atividades mais simples do dia a dia.
Apesar de não ter cura definitiva, é possível prevenir e amenizar um pouco os efeitos do problema.
Então, é importante conhecer as raças de cães mais propensas à displasia de quadril para saber se o seu animal está entre elas.
Saber quais raças de cães são mais propensas à displasia do quadril é importante para tentar prever o problema, prevenir e, também fazer o diagnóstico e tratamento precoces.
Então, veja a seguir quais são as principais raças que costumam apresentar essa condição.
1. Pastor Alemão e displasia de quadril
Não há dúvidas de que o Pastor Alemão é um cão com alta propensão à displasia de quadril, sobretudo porque eles possuem uma intensa inclinação da parte traseira do corpo.
Os genes que ocasionam a displasia de quadril estão diretamente relacionados com os que promovem essa inclinação das costas.
Por isso é bem comum a transmissão dessa carga genética. Sendo assim, é fundamental adquirir apenas animais de criadores conscientes, que só cruzem cães que tenham diagnóstico negativo.
Mesmo assim o problema pode se manifestar em alguns animais, o que torna os exames de rotina fundamentais.
E no caso de diagnóstico positivo, é preciso adequar a rotina de atividades físicas às demandas especificas do animal.
Pelo menos, nessa raça dificilmente ocorre a obesidade, visto que o Pastor Alemão costuma ser bem ativo.
De qualquer maneira, conforme o problema se agrava, o nível de atividade física costuma diminuir. E quando isso acontece é preciso adequar a ingestão de alimentos para evitar ganho de peso.
2. Pastor belga Malinois e displasia de quadril
O problema do Pastor Belga Malinois é bem semelhante ao do Pastor Alemão, visto que a determinação genética é a principal causa da displasia de quadril.
Essa também é uma raça que demanda atividades físicas intensas e frequentes, visto que foi criada para o trabalho.
No entanto, a movimentação constante e intensa provoca o desgaste articular no animal, provocando dores que levam a problemas de mobilidade.
Então, quando o cão tem o diagnóstico positivo para displasia, precisa ter um ajuste perfeito entre a ingestão diária de alimentos e o gasto energético para evitar o sobrepeso.
O aumento do peso provoca uma maior pressão sobre as estruturas da pélvis do cão, agravando as dores e o quadro de maneira geral.
3. São Bernardo é uma das raças de cães mais propensas à displasia
Os cães da raça São Bernardo são famosos pelo seu tamanho, mas eles também estão entre as raças de cães mais propensas à displasia de quadril.
Além da genética que favorece em muito o surgimento da displasia, o peso do cão também favorece o agravamento do problema.
Devido ao porte gigante, esses cães têm o crescimento muito rápido. Com isso pode acontecer de os ossos não se desenvolverem adequadamente, permanecendo assim com um formato côncavo característico, que favorece o desencaixe.
O peso, que pode chegar a até 100 quilos, também é um agravante considerável, visto que as articulações deveriam estar em perfeito estado para conseguir suportar a pressão.
4. Dogue Alemão e displasia de quadril
O Dogue Alemão, também conhecido como Cão Dinamarquês é um animal que chama muito a atenção devido ao seu porte gigante.
Apesar da estatura, essa é uma raça extremamente dócil e carinhosa com os seus amiguinhos humanos.
No entanto, o tamanho avantajado e o crescimento muito rápido durante os primeiros meses de vida favorecem o aparecimento e agravamento da displasia coxofemoral.
Essa é mais uma raça que pode alcançar facilmente os 100 quilos de peso corporal. Por isso, é fundamental regular bem a intensidade e frequência das atividades físicas e atrelar isso a uma ingesta controlada de alimentos para evitar maiores transtornos.
É importante também evitar atividades de alto impacto que possam sobrecarregar as articulações do cão provocando o desgaste excessivo delas.
5. Mastim dos Pirenéus está entre as raças mais propensas à displasia de quadril
O Mastim dos Pirenéus é mais uma entre as raças de cães mais propensas à displasia de quadril. Isso acontece principalmente pelo porte e peso do animal.
É claro que a genética é o que vai determinar se o animal vai ou não ter o desencaixe da articulação do quadril, mas a sobrecarga promove o maior desgaste.
Nos animais de grande porte os ossos são maiores e mais densos, mas o sobrepeso provoca o desgaste deles.
6. Mastim Napolitano está entre as raças mais propensas à displasia de quadril
O Mastim Napolitano é mais uma entre as raças gigantes que podem desenvolver a displasia de quadril.
Com peso que chega aos 100 quilos, os exemplares dessa raça frequentemente caminham com um balanço lateral típico, que demonstra que existe o comprometimento da articulação.
Assim como acontece com as demais raças gigantes, o crescimento acelerado é um fator determinante, que provoca uma grande pressão sobre as estruturas, ocasionando problemas ao cão.
7. Buldogue Francês está entre as raças mais propensas à displasia de quadril
O Buldogue Francês é um cão que tem características físicas bem particulares e, por isso ele é inconfundível.
Mas são essas mesmas características que fazem com que o animal apresente vários problemas de saúde.
Os mais comuns estão associados ao focinho braquicefálico, mas se você observar bem ele tem uma maneira de andar bem particular.
Isso porque as patas traseiras possuem um formato arqueado bem típico, o que leva a um caminhar que tem um balanço específico.
Muitas vezes é possível perceber que o cão caminha alternando os seus passos com alguns saltos bem sutis.
Outro ponto importante sobre essa raça é a predisposição ao desenvolvimento de obesidade, que é um forte agravante para a displasia de quadril.
8. Buldogue Inglês está entre as raças mais propensas à displasia de quadril
O Buldogue Inglês é uma raça bem parecida ao Buldogue Francês e, também tem as patinhas traseiras arqueadas e predisposição à obesidade.
Juntamente com os fatores genéticos, a obesidade e o formato do corpo contribuem em muito para o surgimento da displasia de quadril nessa raça.
Por isso, é muito importante adquirir apenas animais que tenham certificado de saúde e, que tenham pai e mãe livres dessa condição genética.
Além disso, é fundamental controlar a ingestão de alimentos e estimular a prática frequente de atividade física pelos animais da raça para evitar o sobrepeso. Evitar atividades de impacto também é fundamental.
9. Bernese ou Boiadeiro de Berna
O Boiadeiro de Berna é mais uma entre as raças de cães mais propensas à displasia de quadril. E além da predisposição genética, o crescimento acelerado e o peso elevado são fatores de risco e agravamento da condição.
Desde cedo é importante manter uma rotina de consultas com o médico veterinário e, logo após o animal completar seis meses de idade, é fundamental já realizar um exame para detectar a existência do problema.
Mesmo ao adquirir um filhote de procedência, pode ser que você tenha que lidar com a displasia de quadril e as suas consequências.
Por isso, o diagnóstico precoce é primordial para o início do tratamento, de modo que se possa melhorar a qualidade de vida do animal.
10. Rottweiler está entre as raças mais propensas à displasia de quadril
O Rottweiler também é uma das raças mais propensas à displasia de quadril e, por isso é preciso ter um cuidado especial com os cães desse tipo.
Mesmo com uma musculatura poderosa, o peso elevado pode sobrecarregar as articulações. E se o animal tiver a predisposição genética, acaba desenvolvendo o problema.
Fique sempre atento a qualquer sinal de dor ou dificuldade de locomoção que o seu animal possa apresentar.
Caso isso aconteça, leve o cão imediatamente a um veterinário que possa prescrever o tratamento adequado para o seu amigão.
Principais causas da displasia em cachorros
Como já foi dito, a displasia do quadril ocorre sobretudo por determinação genética. Ou seja, é transmitida de pais para filhos.
Entretanto, é importante dizer que essa é uma condição recessiva. Sendo assim, muitas vezes os pais não apresentam, mas ainda assim o filho pode ter.
Mas além da predisposição genética existem várias questões ambientais que favorecem o surgimento e agravamento do problema.
O sobrepeso, por exemplo, é um dos maiores problemas para animais que têm displasia porque provoca uma sobrecarga na articulação.
A qualidade nutricional do animal também influencia muito. Isso porque é fundamental que o pet receba todos os nutrientes de que necessita para ter ossos e articulações fortes.
Por fim, pode-se dizer que até o piso onde o cão fica influencia. Isso porque em superfícies lisas o animal apresenta dificuldades de se equilibrar. Isso força as articulações, provocando o desgaste excessivo delas.
Como saber se meu cão tem displasia?
Apesar de existirem raças de cães mais propensas à displasia de quadril, é importante dizer que o problema pode se manifestar em qualquer animal.
Por isso, é fundamental observar se o seu animal passa a apresentar sinais como:
- Começa a mancar sem que haja causa aparente;
- Apresenta sinal de dor durante a palpação da área do quadril;
- Cai com frequência enquanto caminha;
- Joga o quadril para os lados quando caminha;
- Se senta com as patas abertas.
É importante salientar que a doença é progressiva e, essas manifestações vão se agravando com o tempo.
Sendo assim, é fundamental estar sempre atento a qualquer alteração no comportamento do animal e, leva-lo a um veterinário logo no início dos sintomas.
Fazer o diagnóstico precoce é essencial para dar início ao tratamento adequado e, assim evitar que o animal apresente piora do caso chegando a ficar imobilizado.
Por mais que a displasia não tenha cura, atualmente existem tratamentos eficientes, que melhoram em muito a qualidade de vida do animal.
O que é a displasia de quadril?
Antes de saber quais são as raças de cães mais propensas à displasia de quadril, é importante saber o que é exatamente essa condição.
De maneira simplificada, a displasia de quadril é uma má formação da articulação coxofemoral, que faz a união da cabeça do fêmur ao acetábulo do quadril.
Com isso, conforme o cão se movimenta, acontece um deslocamento lateral indevido do quadril. A gravidade do problema depende do nível de desencaixe articular na região.
Uma questão importante sobre a displasia é que ela tem uma evolução gradual e, com o tempo se agrava, ocasionando cada vez mais problemas ao cão.
Dessa forma o pet apresenta cada vez mais dores, que provocam dificuldades de locomoção. Quando o problema se agrava demasiadamente, o animal pode chegar a ficar completamente imobilizado.
Como a condição é hereditária, existem algumas raças que são mais propensas à displasia de quadril.
Infelizmente, não é possível prever se o animal terá o problema e nem diagnosticar logo nos primeiros dias de vida.
Isso porque ela se desenvolve somente na vida adulta, depois de pelo menos 5 ou 6 meses de vida do cão.
A melhor forma de se prever o surgimento do problema é por meio da análise dos exames radiográficos dos progenitores.
Sendo assim, o ideal é comprar um filhote apenas depois de ter a certeza de que os pais não possuem a condição.
Além disso, jamais se deve reproduzir animais que sejam diagnosticados para a displasia coxofemoral.
Na maioria das situações, a condição se manifesta nas raças grandes e gigantes. E as chances aumentam ainda mais se a alimentação for deficitária em cálcio e outros minerais essenciais.
Além disso, a obesidade, problemas hormonais e o excesso de atividade física também podem ocasionar ou agravar a displasia.
Conclusão
Nesse texto você conheceu as dez raças mais propensas à displasia de quadril e, viu o quanto é importante o diagnóstico precoce e o controle do peso do animal.
Por mais que essa condição seja incurável, ainda assim existem formas de melhorar a qualidade de vida do seu pet, diminuindo as dores provocadas pela doença.
Mas lembre-se que esse texto não substitui as orientações de um médico veterinário. O acompanhamento desse profissional é fundamental durante toda a vida do animal.