A escabiose, ou sarna sarcóptica, tem como principal manifestação a coceira intensa. O animal fica extremamente incomodado com isso e, acaba até mesmo ferindo a própria pele.
Nos cães, a sarna é provocada por um ácaro, conhecido como Sarcoptes scabiei que pode passar muito rapidamente de um cão para outro quando não há um bom controle da infecção.
Um ponto importante a se salientar é que ao contrário do que muita gente pensa, ácaros não são insetos.
Eles são bem mais próximos das aranhas, na verdade. No entanto, eles têm tamanho bem reduzido, não sendo possível vê-los a olho nu.
Nesse texto falaremos mais sobre a sarna em cães e as formas de diagnóstico e tratamento da doença. Continue lendo os próximos típicos para saber mais.
O que é a sarna sarcóptica em cães?
Primeiramente, a sarna sarcóptica é uma doença de pele que provoca coceira intensa nos animais e, que tem como consequências a formação de feridas e crostas grossas.
Essa é uma doença altamente contagiosa, que se transmite facilmente de um animal doente para um sadio.
Isso pode ocorrer tanto de maneira direta quanto indireta. Sendo assim, o animal se infecta tanto entrando em contato diretamente com um doente, quanto encostando em objetos contaminados.
Dessa maneira, qualquer objeto, incluindo comedouros, brinquedos, camas, brinquedos e casinhas podem servir como fonte de contaminação.
Mas vale ressaltar que o simples fato de dois animais viverem em um mesmo ambiente já é o suficiente para que um pegue uma infecção do outro.
Conheça melhor o ácaro
Sarcoptes scabiei é um parasita artrópode que pode provocar problemas de pele tanto no ser humano quanto em animais domésticos.
Com distribuição cosmopolita, esse ácaro não escolher as suas vítimas e, assim infecta qualquer pessoa ou animal com quem entre em contato.
O seu corpo é bem pequeno, tendo por volta de 0,2 a 0,4mm e o formato do animal é ovoide. Ele possui quatro pares de patas cônicas que usa para locomoção.
Esses ácaros costumam viver na pele dos seus hospedeiros durante vários dias ou até mesmo semanas.
No ambiente eles permanecem infectantes por um período de até 36 horas, mas a infecção ocorre em torno de 15 a 17 dias depois do contato.
Com a alta transmissibilidade do ácaro e facilidade de infectar novos hospedeiros, é preciso ter muito cuidado com a limpeza e desinfecção dos ambientes quando existir um animal contaminado.
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Principais sinais da sarna em cães
Sem dúvidas, a coceira intensa é a principal manifestação da sarna canina. Em casos mais extremos ela se torna tão intensa que o animal não consegue parar de morder nem por alguns minutos.
Por mais que o problema se manifeste em qualquer região do corpo do animal, existem áreas de preferência, como as orelhas, o ventre, as axilas e o focinho, por exemplo.
Além da coceira intensa, existem outras manifestações associadas à sarna em cães. As principais são:
- Irritação da pele;
- Surgimento de crostas e feridas;
- Queda de pelo nas áreas da pele que forem acometidas;
- Pele mais escura e mais grossa do que o normal;
- Cansaço e desânimo do animal, visto que ele não consegue descansar por causa da coceira;
- Infecções bacterianas que conseguem se desenvolver na pele exposta.
Esses são alguns dos principais sinais de que um animal possa estar com sarna canina, mas o diagnóstico concreto deve ser feito por um médico veterinário capacitado, por meio de exames específicos.
Tratamento da sarna em cães
A sarna sarcóptica é uma doença comum que tem tratamento bem determinado. Sendo assim, na maioria dos casos a solução é simples.
Antes de mais nada, é fundamental que o diagnóstico correto seja feito o mais rápido possível. Quando mais precoce for a detecção, melhor é o prognóstico.
Durante a consulta o próprio veterinário deve selecionar o método de tratamento mais adequado, levando sempre em consideração o estado geral do animal e a extensão das lesões.
Geralmente o uso de um shampoo acaricida e a administração de medicamentos injetáveis ou por via oral são o suficiente para a eliminação do problema.
Nos casos em que as lesões de pele são infectadas por bactérias é necessário administrar antibióticos. Mas esses devem ser prescritos pelo profissional responsável.
Além disso, é muito importante avaliar o estado se saúde dos outros animais que convivem com o cão diagnosticado com sarna.
Como essa é uma condição altamente transmissível, é importantíssimo verificar se ocorreu contágio, de modo a fazer o tratamento em todos os animais.
Deixar de fazer isso pode levar a ocorrência de um ciclo de transmissão, dificultando assim a eliminação do problema.
Durante todo o período de tratamento, é fundamental higienizar adequadamente o ambiente no qual os animais vivem, bem como todos os objetos com os quais ele tem contato.
Isso é essencial para remover os ácaros e impedir a disseminação deles, evitando assim que novos contágios aconteçam.
Para isso pode-se utilizar algum produto desinfetante específico que seja mais eficiente contra esses ácaros do que os produtos de limpeza doméstica convencionais.
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Sarna em cães: entenda o ciclo do ácaro
Para conseguir tratar a sarna em cães é importante entender um pouco sobre como se dá o ciclo desse ácaro.
Na pele do hospedeiro, em si, o ácaro vive durante um período médio de três a quatro semanas. O macho e a fêmea acasalam e, ela cava a pele do cão para depositar os seus ovos.
Cada fêmea coloca entre 40 e 50 ovos no túnel que escava e, mais ou menos dez dias depois eles eclodem.
As larvas recém saídas dos ovos se locomovem livremente sobre a superfície da pele e, com o tempo se transformam em ninfas e, posteriormente em adultos.
Na derme os adultos acasalam, reiniciando o ciclo já descrito.
Lesões de pele provocam coceira intensa
O principal sintoma da sarna é a coceira intensa e, ela se dá sobretudo por causa da movimentação do ácaro por dentro da pele.
Mas a própria escavação da pele ocasiona uma resposta alérgica, o que aumenta ainda mais a coceira que o animal sente.
Além disso, tudo isso faz com que ocorra uma inflamação local, que deixa tudo bem vermelho e irritado.
Em alguns casos o ato de coçar juntamente com a resposta do próprio organismo provocam feridas.
Uma questão importante sobre os ácaros é que eles vivem e se movimentam melhor em regiões da pele livres de pelos e, por isso as lesões se manifestam sobre tudo em áreas como as pontas das orelhas, cotovelos, abdome, entre outras.
Entretanto, conforme a doença evolui, as lesões vão se disseminando por toda a pele, tomando assim uma área do corpo cada vez maior.
Apesar de ter sido dito que um ácaro pode viver durante semanas, o estágio infectante é muito rápido e, em geral limita-se a 36 horas, aproximadamente.
Sarna em cães – Cuidado com outros animais
É muito importante deixar claro que a sarna pode passar para outros animais. Se o cão com sarna tem contato direto com humanos e outros animais, é preciso verificar se os mesmos não foram contaminados.
Geralmente, em felinos a sarna é do tipo notoédrica, provocada por um parasita denominado Notoedres cati.
Esse é um ácaro bem semelhante ao que provoca a sarna em cães e, por isso o tratamento é bem semelhante.
Mas como os parasitas são diferentes, o contágio entre animais de espécies distintas pode não ocorrer.
De qualquer maneira, é bom passar todos os pets da casa por uma consulta com o veterinário.
No caso dos humanos, também pode haver o contágio, mas como o homem não é o hospedeiro correto, o ácaro não consegue completar o seu ciclo.
Por isso, a doença desaparece sozinha após algum tempo. Mas enquanto isso não acontece, a pessoa vai apresentar coceira intensa e pode ter lesões de pele.
Como é o exame diagnóstico para sarna em cães?
Como a sarna em cães é um problema limitado à pele do animal, o diagnóstico é realizado por meio de um raspado de pele.
Com um bisturi ou lâmina o médico veterinário raspa a pele superficialmente e coloca o conteúdo recolhido em uma lâmina que deve ser observada em microscópio.
Entretanto, muitas vezes não se encontra o parasita nesse tipo de exame de pele. Na verdade, apenas metade dos exames mostra um resultado positivo.
Por isso, muitos profissionais dão início ao tratamento com base nos sintomas do animal e nas lesões que ele apresenta.
Após duas semanas, aproximadamente, deve-se fazer uma nova avaliação do estado de saúde geral do animal.
Se por um lado o diagnóstico é difícil, o tratamento é relativamente simples. Atualmente existem diversas opções de medicamentos injetáveis extremamente eficazes contra o problema.
Ademais, além de controlar a sarna em si, é fundamental diminuir a coceira do animal para evitar lesões.
Conclusão
A sarna em cães é um problema muito comum que acomete animais de todas as idades. Por isso, é importante conhecer os sinais para identificar a doença rapidamente e iniciar o tratamento o quanto antes.
Se você achar que o seu cãozinho pode estar com sarna canina, leve-o imediatamente ao veterinário.