Foi aprovada, no último dia 30 de outubro, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a regulamentação do uso da cannabis na medicina veterinária no Brasil.
A decisão, divulgada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), foi aprovada por unanimidade e deve ser publicada oficialmente.
Com isso, veterinários poderão utilizar canabinoides no tratamento de diversas condições em animais, como dores crônicas, doenças neurológicas e oncológicas, marcando um importante avanço para a saúde e o bem-estar animal no país.
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O que é a cannabis e como ela atua?
A cannabis é uma planta que possui compostos químicos chamados canabinoides.
Esses compostos químicos são amplamente estudados por sua aplicação terapêutica em seres humanos e, mais recentemente, em animais.
Os canabinoides interagem com o sistema endocanabinoide.
Esse sistema desempenha um papel muito importante na manutenção do equilíbrio corporal, influenciando funções como controle da dor e respostas imunológicas.
A terapia com cannabis já mostrou benefícios significativos em estudos clínicos e abre novas possibilidades para a medicina veterinária, agora reconhecidas oficialmente no Brasil.
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A regulamentação
A recente regulamentação aprovada pela Anvisa representa um avanço histórico para a medicina veterinária no Brasil.
Afinal, agora é permitido o uso legal e seguro da cannabis em tratamentos de animais.
Antes dessa decisão, a cannabis era classificada como uma substância proscrita, o que gerava insegurança jurídica para os profissionais que optavam por utilizá-la.
Pra você ter ideia, os veterinários corriam o risco de serem acusados de tráfico de drogas, mesmo ao empregarem canabinoides de forma terapêutica.
Agora, com a ata aprovada por unanimidade, abre-se um novo cenário para a prática veterinária.
Ou seja, garantindo segurança aos profissionais e ampliando as possibilidades terapêuticas.
Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a regulamentação permite tratar doenças de maneira mais humanizada, com foco no bem-estar animal e na qualidade de vida.
Especialmente em condições que antes possuíam poucas alternativas eficazes.
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Tratamentos de cannabis já eram feitos em outros países
Enquanto o Brasil avança agora na regulamentação, o uso terapêutico da cannabis na medicina veterinária já é uma prática consolidada em outros países.
Nações como Estados Unidos e Canadá têm demonstrado, por meio de estudos e práticas clínicas, que os medicamentos à base de canabinoides podem ajudar a:
- Trazer alívio para condições como dores crônicas.
- Aliviar diversos tipos de inflamações.
- Tratar distúrbios neurológicos em animais.
Esses países contam com regulamentações robustas.
Ou seja, não é apenas legalizado o uso. As pesquisas também são muito estimuladas.
Em locais onde a cannabis medicinal já é amplamente adotada, o mercado veterinário se expandiu.
Afinal, ela permite a criação de produtos específicos, como óleos e suplementos, adaptados às necessidades dos pets.
Tudo isso, claro, serviu de referência para o Brasil, que agora tem a oportunidade de alinhar suas práticas a um padrão internacional, abrindo espaço para o desenvolvimento de novas pesquisas e tratamentos no país.
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Quem pode prescrever no Brasil?
Embora aprovada no Brasil, somente veterinários capacitados podem prescrever tratamentos e remédios a base de cannabis.
É o caso da Associação Brasileira Pet Cannabis, a 1ª associação cannabica do Brasil 100% direcionada a animais de todas espécies.
Conheça o trabalho da Pet Cannabis.
Expectativas na saúde animal
A regulamentação do uso da cannabis na medicina veterinária no Brasil inaugura uma nova era para a saúde animal.
Com essa decisão, será possível tratar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de animais com doenças como câncer, artrite e epilepsia.
Além disso, a legalização traz segurança jurídica. Ou seja, os veterinários podem trabalhar sem medo de um processo, por exemplo, por tráfico de drogas.
A comunidade veterinária acredita que essa nova abordagem pode transformar o cuidado com os animais.
Com o apoio da ciência, os avanços esperados devem contribuir para um mercado mais robusto e para um entendimento mais amplo sobre os benefícios da cannabis na prática clínica.
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