O câncer de estômago em cães é um dos problemas de saúde que mais matam animais dessa espécie.
Isso acontece porque na maioria das vezes o tumor é bastante agressivo e, os tratamentos não são suficientemente eficazes para combater a doença.
Mas, assim como acontece com grande parte dos problemas de saúde, se o diagnóstico for precoce, é possível tentar combater o mal e aumentar em muito a expectativa de vida dos animais.
Sendo assim, o mais importante é que se tenha um bom nível de informação sobre a questão, de modo que se possa diagnosticar e tratar adequadamente.
Então, elaboramos esse texto para te informar sobre o câncer de estomago em cães. Então, vamos lá.
O câncer de estomago em cães é uma doença muito grave
A incidência de câncer de estômago em cães não é tão elevada, mas essa é uma das patologias mais graves que existem para esses animais.
Devido a isso, ela é de extrema relevância para os pets ainda que represente em média apenas 0,5% de todas as neoplasias em média.
Ainda assim, recomenda-se que os tutores tenham cuidado máximo com os seus animais de estimação, sobretudo com a alimentação dos animais de estimação, uma vez que a alimentação inadequada pode facilitar o aparecimento do problema.
Existem ainda muitos fatores genéticos associados aos problemas gastrointestinais em cães e, por isso algumas raças possuem uma maior predisposição.
O controle deve ser bastante rigoroso, sobretudo quando os pets apresentam distúrbios gastrointestinais graves.
Existem tipos diferentes de câncer de estômago em cães
Quando se fala em câncer, deve-se ter uma ideia clara da existência de diversos tipos, ainda que todos eles tenham tanto sinais graves, quanto prognósticos ruins. Mas falaremos a seguir sobre quais são os principais tipos que se conhece:
Adenocarcinomas
Os adenocarcinomas são tumores de grande gravidade, que começam a se desenvolver a partir das membranas mucosas do trato gastrointestinal.
A partir desse ponto, eles começam a se espalhar rapidamente para outros locais do corpo, tendo assim um potencial de invasão de outros tecidos bastante elevado.
O estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o reto são as regiões que geralmente são comprometidas.
De maneira geral, o problema ocorre com animais que tenham idade superior a seis anos. Mas quando ele ocorre, a gravidade é grande, tornando o tratamento ainda mais complicado, mesmo quando o diagnóstico é precoce.
Leiomiossarcoma é um tipo de câncer de estômago em cães
Esta é a denominação dada a um tumor que se manifesta especificamente em um determinado órgão do corpo do animal.
O tumor acomete uma ou mais cavidades, como é o caso do estômago, vias aéreas e útero, afetando sobretudo as paredes desses órgãos.
A partir disso, é bem comum que esses tumores acabem se espalhando pelos gânglios linfáticos ou outros órgãos de grande importância, como baço, fígado e, até mesmo pelos rins, aumentando ainda mais a gravidade do quadro.
Linfoma
Como o próprio nome sugere, esse é um tipo de tumor relacionado aos linfócitos e linfonodos. Nos cães, a doença pode acometer vários órgãos, afetando inclusive o estômago em muitos casos.
Este tem uma forte relação tanto com a idade quanto com a genética do cão. Visto isso, animais de algumas raças, como Boxer, Buldogue e São Bernardo possuem uma maior propensão a desenvolverem a doença.
Tumores de mastócitos
Os mastócitos são importantes tipos celulares pertencentes ao sistema imunológico, que estão envolvidos com a resposta a substâncias alérgenas e, também com a inflamação.
Essas células ficam espalhadas em todo o organismo de uma maneira geral, mas existe uma concentração ainda mais elevada delas na região da parede do trato digestivo.
Quando elas chegam à região do estômago, promovem uma liberação exacerbada de substâncias como a histamina e a heparina.
Isso leva ao aparecimento de condições autoimunes e, também à formação de ulceras gástricas, que potencialmente levam ao surgimento de tumores.
Sinais de câncer de estômago em cães
O câncer de estômago em cães não está entre os tumores mais comuns, mas deve-se deixar claro que ele costuma ser agressivo.
Sendo assim, pode se desenvolver rapidamente e, muitas vezes o tutor só percebe os sinais de maneira mais clara quando o animal já está muito doente.
Por isso, deve-se ter muita atenção aos sinais para que se faça um diagnóstico e tratamento adequados. Os principais são os seguintes:
Vômito
Não é difícil imaginar que o principal sinal de câncer de estômago em cães seja o vômito. No entanto é preciso ter um certo cuidado ao se afirmar isso, uma vez que na maioria das vezes o animal começa a apresentar sinais muito sutis.
Não é de um dia para outro que o cão começa a ter episódios intensos e frequentes de vômito. O que acontece, na verdade, é que os sinais costumam começar como uma indisposição para comer.
Assim, o cão pode começar a ficar mais seletivo em relação aos alimentos e, aos poucos vai deixando de comer as coisas das quais sempre gostou.
Você deve realmente se preocupar se perceber que o seu cãozinho não está mais aceitando nem os seus petiscos favoritos.
Então ele começa a ter episódios mais espalhados de vômito, que vão se intensificando com o tempo.
E mais do que isso, o próprio conteúdo que sai do estômago do animal vai se alterando. Quando o estado já é avançado e existem lesões na mucosa estomacal, então pode ser que o pet comece a vomitar sangue.
A maioria dos tutores só vai suspeitar de que algo não vai bem quando o animal já chega a esse estado.
Anorexia e perda de peso
Como já foi dito, o câncer de estomago em cães vai provocando alterações na mucosa estomacal.
Com isso, cada vez mais o animal se sente incomodado e indisposto para se alimentar. Assim, é comum perceber que em certo ponto o cão diminui em muito a ingesta de alimentos, o que se chama de anorexia.
Como consequência disso, surge uma importante perda de peso, que costuma ocorrer de maneira muito rápida e perceptível.
Além disso, o animalzinho vai ficando cada vez mais fraco e, pode também sofrer com uma deficiência grave de vitaminas e minerais.
Sangramentos e anemia
Nos casos mais graves de câncer de estômago em cães, é comum que a mucosa vá sendo completamente degradada e, com isso começam a surgir lesões importantes.
Inicialmente as lesões ocorrem no próprio estômago e, é possível perceber a presença de sangue no vômito do pet.
No entanto, uma parte desse sangue também vai passar para o intestino, fazendo assim com que se observe a liberação de sangue nas fezes.
Geralmente, como as lesões são a nível de mucosa estomacal, quando esse sangue chega no intestino, já está parcialmente degradado. Por isso, as fezes podem apresentar uma coloração bem escura.
Letargia
Dor e fraqueza são dois pontos importantes que vão caracterizar um animal com câncer de estômago.
A presença de um tumor é algo bastante doloroso e, que vai provocando incômodos que tendem a aumentar de gravidade com o passar do tempo.
Esse quadro doloroso já é suficiente para deixar o animal muito mais letárgico, uma vez que ele vai tentar se poupar, evitando ao máximo se locomover.
Juntamente a isso, pode-se adicionar a anorexia e desnutrição. Isso também faz com que o pet fique ainda mais letárgico, uma vez que ele não terá nem energia e nem os nutrientes essenciais para o funcionamento do metabolismo.
Distensão e desconforto abdominal
O câncer de estômago em cães tende a provocar problemas graves, que levam a um inchaço do abdômen do animal por vários motivos.
Essa distensão da região é característica e, de uma maneira geral deixa o pet extremamente desconfortável.
O diagnóstico pode ser um desafio
Um dos grandes problemas do câncer de estômago em cães é o fato de que os sinais dele são bastante semelhantes aos que se observa em casos de gastrite crônica.
Dessa maneira, é difícil estabelecer um limite entre os dois problemas de saúde. E o próprio tutor também acaba deixando passar um pouco esses sinais por pensar que o pet está apenas com indisposição estomacal ou gastrite.
Isso acaba levando a uma má interpretação do problema, de modo que a muitas vezes o tutor entende que se trata de um problema grave apenas quando o animal já está vomitando com frequência.
Na maioria das vezes, quando isso acontece é porque a doença já está muito avançada e, a única coisa possível de se fazer é controlar os sinais.
O próprio médico veterinário deve ter bastante cuidado ao atender um cão com esses sinais e, assim, buscar interpretar todos eles de maneira adequada.
Incialmente, deve-se realizar um exame clínico completo, para que se analise a condição geral da saúde e condição física do animal.
Exames de sangue, urina e fezes ajudam a complementar a consulta e as análises, mas não são suficientes nesses casos.
Para um diagnóstico adequado, é necessária a realização de raio-X, ultrassom, exames com contraste e, até mesmo uma tomografia, quando possível.
Uma endoscopia também pode ajudar bastante a compreender qual é a extensão real das lesões do animal.
Tratamento do câncer de estomago em cães
Depois de feito o diagnóstico com a confirmação de um câncer de estômago em cães, o profissional veterinário deve analisar qual é a melhor conduta a se tomar.
Isso deve ser pensado juntamente com o tutor e, sempre levando as condições de saúde do próprio animalzinho.
Apesar de os quadros de linfoma serem inoperáveis, os demais tipos de câncer de estômago em cães podem ser removidos.
No entanto, para se fazer isso é importante ter a certeza de que o pet está em boas condições para passar pelo procedimento.
O mais indicado é que realmente se faça a remoção, com posterior análise histopatológica para avaliar o tipo de célula tumoral encontrada.
Feita a cirurgia, é preciso ter uma readequação da alimentação do cão, sempre levando em conta a extensão da incisão e o percentual de tecido estomacal removido.
Mesmo que se utilize todos os recursos disponíveis para o tratamento, ainda assim é difícil conseguir uma cura efetiva, sobretudo em animais mais velhos.
Ainda assim, optando-se pelas melhores alternativas e, com uma boa resposta por parte do animal, é possível pelo menos melhorar um pouco a qualidade de vida.
Fatores para o surgimento de câncer em cães
Cada vez mais os animais de estimação estão próximos aos seus tutores e são considerados realmente como membros da família.
Com isso, os animais estão vivendo mais tempo e, o câncer passou a ser um dos principais motivos de morte nesses animais.
Por mais que não se saiba exatamente o que provoca essa doença, existem alguns fatores que aumentam as chances de ela se manifestar. Veja a seguir quais são:
Genética e o câncer de estômago em cães
Assim como acontece com os seres humanos e outras espécies de animais, é comprovado que a genética tem uma forte influencia no aparecimento de diferentes tipos de câncer nos cães.
Isso porque um tumor começa a se proliferar a partir do momento no qual o DNA sofre mutações e se inicia uma multiplicação celular de maneira desordenada.
Isso pode ocorrer por conta de fatores genéticos e, é por isso que algumas raças costumam apresentar maiores índices de desenvolvimento de câncer em relação a outras.
Idade
O índice de surgimento de câncer de estomago em cães costuma ser bem maior em animais mais velhos.
Isso também é observado para os demais tipos de tumores e, é por causa disso que as avaliações com o veterinário devem ser mais frequentes conforme o pet envelhece.
Para animais acima dos seis anos de idade, o ideal é que se faça exames gerais pelo menos duas vezes por ano.
Assim é possível detectar precocemente até mesmo os tipos de tumores mais agressivos e de crescimento mais rápido.
Conclusão
Ainda que não seja o tipo mais comum, o câncer de estômago em cães é altamente relevante, sobretudo por ser bastante agressivo e se desenvolver rapidamente.
Então, esteja sempre atento a qualquer sinal que o seu animalzinho possa manifestar e leve-o ao veterinário.
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