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Automedicação em animais: Entenda os riscos

Uma pesquisa feita pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) constatou que a automedicação em animais é uma prática muito recorrente entre os brasileiros.

De acordo com os dados coletados, cerca de 19% dos brasileiros medicam seus animais de estimação sem receber a prescrição de um médico-veterinário. Além disso, muitos desses tutores buscam informações na internet ou conversam com outros donos de pet, ao invés de comunicar o veterinário.

Neste artigo, vamos entender os riscos por trás dessa automedicação.

Automedicação em animais
Tutor oferecendo medicamento ao cachorro. Foto: Canva.

Riscos da automedicação em animais

Embora a automedicação em animais possa parecer inofensiva, afinal, se nós, humanos, consumimos determinados medicamentos “comuns”, a verdade é que faz muito mal e pode, inclusive, levar o pet a óbito.

Por isso, essa prática é extremamente perigosa e não deve fazer parte da sua rotina enquanto tutor.

A seguir, descrevemos os principais riscos dessa automedicação:

1. Insuficiência hepática e falecimento

Muitos medicamentos que nós, seres humanos, consumimos eventualmente, são extremamente tóxicos para os nossos pets. Afinal, os animais não têm o organismo preparado para determinadas substâncias.

Por exemplo, o paracetamol é um medicamento bastante comum, mas que pode causar a insuficiência hepática em gatos, podendo provocar o falecimento do animal de estimação.

Já alguns anti-inflamatórios, quando usados indiscriminadamente, podem causar insuficiência renal em cães, o que também pode ser fatal quando o quadro se agrava.

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Automedicação em animais
Tutor com medicamento na mão para dar para o cachorro. Foto: Canva.

2. Resistência bacteriana

Outro risco muito sério da automedicação em animais é o de provocar a resistência bacteriana. Essa resistência acontece quando antibióticos são usados sem controle a ponto de provocar a mutação de determinadas bactérias, ao invés de eliminá-las, causando a criação das chamadas “superbactérias”.

Essas “superbactérias” podem ser extremamente difíceis de combater, além de que podem apresentar um risco sério para a saúde de toda a população humana, e não apenas para o animal.

3. Retardar o diagnóstico de doenças

automedicação em animais também pode ser um risco sério por, simplesmente, mascarar os sintomas de doenças sérias.

Por exemplo, se você percebe que o seu cachorro está com dor e oferece algum medicamento analgésico para ele, a dor pode até passar, mas a causa raiz desse problema pode permanecer.

E pior, além de permanecer, pode se agravar, a ponto de, em muitos casos, se tornar irreversível.

Por isso, nunca automedique o seu pet. Se ele estiver sentindo alguma coisa e você notar alterações no comportamento, converse imediatamente com um veterinário.

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4. Úlceras gástricas

Alguns medicamentos podem ser fortes o suficiente para causar lesões na mucosa do estômago dos nossos animais. Isso também pode acontecer conosco, seres humanos.

Se o uso for contínuo e sem acompanhamento médico, esse problema pode ir se agravando com o passar do tempo, tornando-se algo extremamente perigoso para a saúde do pet.

Ou seja, embora o sintoma primário possa ser vencido, esse tipo de lesão pode ser realidade e causar danos à saúde do seu amigo de quatro patas. Cuidado.

Automedicação em animais
Cachorro olhando para câmera enquanto tutora apresenta seringa e cartela de medicamentos. Foto: Canva.

5. Aumento nos custos de tratamentos posteriores

Por fim, o fato de a automedicação em animais mascarar os sintomas e impedir que a doença raiz seja detectada, faz com que, mais tarde, você possa ter que gastar muito mais com tratamentos.

Primeiro, porque tratamentos para doenças mais sérias costumam ser mais prolongados e caros. Segundo, porque o uso de medicamentos da forma equivocada pode desencadear outras doenças que o pet não tinha antes, exigindo novos tratamentos.

Por isso, lembre-se, a automedicação nunca é uma opção. Sempre siga as prescrições feitas por profissionais capacitados.

Na dúvida, converse com o veterinário do seu pet, combinado?

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Data: 
23 de Outubro de 2024

Autor

Autor: 
Camila Bonatti
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