É bastante comum ouvirmos pessoas queixarem-se de dor nos rins e afirmarem que possuem a famosa “Pedra nos rins”. O que muitas pessoas não sabem, é que essa doença não ocorre somente em seres humanos, e sim também nos animais, dentre eles os cães, principalmente os idosos. O cálculo renal, como é conhecido dentro da medicina, ocorre em grande escala nos pets, sendo um dos pricipais motivos das entradas de emergências em clínicas e hospitais veterinários. Para um melhor esclarecimento, o cálculo renal é formado por pequenos cristais encontrados em todo trato urinário do animal que, ao longo do tempo, tornan-se uma massa dura e compacta. É importante ressaltar que os cálculos renais, também conhecidos como urolitíase, podem se localizar em várias partes do trato urinário, tais como: Rim, Ureteres, Bexiga e Uretra.
As causas para o aparecimento de cálculos em cães podem ser de origem genética, ou seja, quando o animal já nasce com a predisposição para o aparecimento ou em casos de doenças adquiridas. Quando ocorre o aparecimento em grande escala de certas substâncias na urina, elas se juntam aos cristais presentes no local e começam a se solidificar e formar as “pedras”.
Existem quatro principais tipos de cálculos, estando a sua grande diferença na composição da qual é formado.
Cálculo de Cistina: É decorrente a uma doença renal genética que o animal pode ter, levando a presença em grande escala de Cistina na urina.
Cálculo de Cálcio: Esse tipo de cálculo é o mais encontrado nos cães, conhecido também como cálculo de Oxalato de cálcio. Nesse caso, na maioria das vezes, o animal volta a formar cálculos depois do tratamento.
Cálculo de ácido úrico: Esse ocorre em maior casos em cães de rua ou aqueles em que o tutor não fornece água em abundância ao animal. A falta de ingestão correta de líquido acarreta a formação desse tipo de cálculo.
Cálculo de estruvita: É uma das principais causas de obstrução do trato urinário.
Os sinais clínicos que portador de cálculo renal apresenta são amplos, podendo, na maioria das vezes, passar despercebidos pelo tutor. Em muitos casos, só é observado pelo tutor quando está num estágio mais avançado. A sintomatologia encontrada é: O animal sente dor ao ser tocado com mais força nos flancos; Uivos e choros sem motivos aparentes; Em caso de dor extrema o animal reluta a movimentar-se e comer; Apresenta dor ao urinar (em alguns casos); Hematúria (sangue na urina); O animal pode passar alguns dias sem conseguir urinar e entre outros.
O diagnóstico é feito junto ao médico veterinário, onde é observado os sinais clínicos e feitos exames específicos. Um exame importante, e que ajuda um bom diagnóstico, é o ultrassom e o Raio-x. Podem ser feitos também exames laboratoriais, tais como exame de urina (urinálise), perfil bioquímico e hemograma completo.
O tratamento consiste primeiramente na remoção da dor do animal, como também numa suposta desobstrução, se o quadro assim exigir. Pode ser usada uma terapia medicamentosa específica para o caso, ou uma intervenção cirúrgica, se o médico veterinário achar necessário. É interessante também o animal passar por uma dieta rígida, escolhida pelo profissional. Lembre: somente um profissional habilitado pode executar o tratamento. Não arrisque a vida do seu animal.
A prevenção consiste numa dieta específica. Muitos tutores utilizam restos de comida ou alimentam os pets com alimentos inadequados, causando sérios danos à saúde. Uma ida rotineira ao médico veterinário e o check-up anual, ajudam a prevenir o cálculo renal.
Por: George Augusto von Schmalz Portella de Macedo
Ocupação: Acadêmico de Medicina Veterinária
Contato: george_medvet@hotmail.com